São Paulo, quinta-feira, 23 de julho de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

Adeus ao dólar?

Fim de tarde no Brasil e, no "Wall Street Journal", "Real fecha mais forte".
Abrindo o dia, o "Valor" havia publicado, com eco por Dow Jones e outras agências, que o Banco Central vendeu US$ 24 bilhões em títulos do Tesouro dos EUA e "deslocou uma montanha de recursos para os papéis americanos de prazo mais curto", US$ 12 bi só em maio. Em resumo, o Brasil "nos últimos meses promoveu forte mudança na carteira das reservas". O jornal pergunta se o BC já está "colocando em marcha uma estratégia de fuga do dólar".
Dois dias antes, o "WSJ" avisou que o país estava trocando o dólar por outros destinos.



À CHINA

A agência Reuters noticiou, da Ásia, que os embarques de minério de ferro do Brasil para a China saltaram para um volume "recorde" neste mês de julho "enquanto caem os da Austrália" -que suspendeu as vendas em resposta à prisão de executivos da australiana Rio Tinto por Pequim, em meio às negociações de preço.



"U.S. IS BACK"
Destaque no site Drudge Report, a secretária de Estado, Hillary Clinton, chegou ontem à Tailândia proclamando que "os Estados Unidos estão de volta".
Após fechar um acordo para o fornecimento de armas à Índia, ela declarou num "talk show" tailandês que "o presidente Obama e eu estamos dando grande importância a esta região", a Ásia.

"SALVA PELOS BICS"
O canal financeiro CNBC entrevistou o presidente da Caterpillar, empresa que acaba de divulgar queda menor que a esperada no trimestre, erguendo Wall Street. Ele diz que "a maior parte da força veio dos emergentes".
O site da "Time" comentou que é "fascinante: a esperança no relatório se concentra toda" em Brasil, Índia e China, "os Bics", como chama.



CONTRA CHÁVEZ, O PRÉ-SAL

O conservador "Washington Times" publicou longa reportagem dizendo que o Brasil pode "derrubar Hugo Chávez do trono do petróleo" e que o governo Lula está "reformando a política de petróleo tendo os EUA como mercado potencial". Lista 50 companhias estrangeiras "na fila para explorar Tupi e Iara" e ouve a americana Exxon, que se diz "satisfeita por participar".
Já o site Oil & Gas Journal destacou que o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, em visita a Moscou, disse que o país está interessado na tecnologia russa de plataformas e transporte de petróleo e gás.



INDISPENSÁVEL
Na temporada de elogios ao brasileiro nos EUA, a "Foreign Policy" postou ontem "Como Lula transformou uma crise de Aids em oportunidade geopolítica". O texto, de um professor da universidade Rutgers, relata que a política de combate à doença vem sendo mostrada pelo presidente "na estrada" para se aproximar, por exemplo, dos países da África.
E ajudou a tornar o país "ator global indispensável".

MAIS QUE OUTROS
No topo das buscas de notícias sobre o Brasil, ontem, o ministro do exterior de Israel pediu apoio para conter a ambição nuclear do Irã.
"O Brasil, mais do que outros países, pode procurar convencer os iranianos a pararem seu programa e, claro, convencer os palestinos a iniciarem negociações diretas", declarou ele, no destaque da agência AP, depois de longo encontro com Lula e o chanceler Celso Amorim.



JUROS E O MERCADO

Nas manchetes do "Jornal Nacional", "O Banco Central corta em meio ponto a taxa de juros".
Nos últimos dois dias, uma multidão no "mercado" defendeu o término das reduções e falou em corte menor já nesta semana, de 0,25 ponto, quando não em alta na virada do ano. Foi o que fizeram Rosenberg Consultores, Santander e Tendências Consultoria no Valor Online; Tandem Global Partners, ING Bank NV e novamente Tendências Consultoria, na Bloomberg. Não faltou sequer um ataque aos juros mais baixos dos bancos federais, por Gradual CCTVM, na Bloomberg.
Depois do anúncio, o WestLB saiu proclamando que "a flexibilização acabou", na Reuters.
Para registro, economistas como Ilan Goldfajn, do Itaú, Paulo Leme, do Goldman Sachs, e Paul Biszko, do RBC Capital Markets, respectivamente no Valor Online, na Bloomberg e no "Financial Times", se mostraram bem mais otimistas sobre juros, inflação etc.



PELÉ AOS 68
wsj.com
No destaque, "fama, mas não fortuna"

Ontem na contracapa do "WSJ", longo perfil de Pelé, que "pode ser o maior jogador de todos os tempos do esporte mais popular do planeta, mas ainda está tentando garantir uma renda aos 68 anos".
O jornal sublinha que assinou contrato com a Nomis, "uma pouca conhecida fabricante suíça de chuteiras, num lance que pode ser um golaço -ou mais um exemplo de uma longa lista de negócios cujo histórico é tão irregular quanto seus gols foram sublimes".


Leia as colunas anteriores
@ - Nelson de Sá


Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br


Texto Anterior: Medida reduz áreas de preservação ambiental
Próximo Texto: Réus da Satiagraha têm mais de 50% do fundo bloqueado
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.