São Paulo, quinta-feira, 23 de agosto de 2001

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OUTRO LADO

Custo varia em outra proporção, afirma fundação

DA SUCURSAL DO RIO

A consultora de comunicação da Fundação Roberto Marinho, Andrea Gouvêa Vieira, responsabilizou o governo do Maranhão pelo não cumprimento do objetivo de número de alunos e de salas de aulas na aplicação do Telecurso 2000.
""A responsabilidade de buscar os alunos, de localizar onde estão os alunos que não se formaram no tempo certo é do governo", disse.
De acordo com ela, em abril e maio a fundação informou o governo maranhense sobre a instalação de menos salas e a inscrição de menos alunos do que o previsto. ""A partir daí, o governo passou a recalcular o valor do contrato previamente assinado", disse Andrea.
Ela diz que os R$ 10,8 milhões suprimidos com a mudança não precisaram ser devolvidos porque a fundação não os havia recebido.
Sobre a queda do valor do contrato em 10% -menos que os 17% de salas e 21% de alunos aquém do previsto- , ela disse: "A redução não é automaticamente proporcional. Não necessariamente o corte é feito linearmente. Há redução nos professores, mas não nos coordenadores. Não é pegar e fazer a regra de três simples".
Ela disse que a quantidade de alunos não muda o cálculo das despesas diretamente. "Independe do número de alunos. É feito pelo número de telessalas. Há telessalas com 40, 30, 20 alunos."
O Maranhão recebeu da fundação, conforme a consultora, aparelhos de TV e vídeos para 3.750 salas. Como 656 foram abortadas, houve sobra. ""Ficará com eles. Certamente será usada em outras oportunidades, já que o Estado quer o programa por mais cinco anos."
Desde a quarta-feira da semana passada, a Folha entrou 28 vezes em contato com as assessorias de comunicação e os gabinetes da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), e do gerente de Desenvolvimento Humano (equivalente a secretário estadual de Educação), Danilo Furtado.
Nenhum dos dois respondeu aos recados. Nenhum assessor forneceu informações sobre o contrato. (MM)



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