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Péres diz que será radical ao defender Zona Franca
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
O senador Jefferson Péres
(PDT-AM) disse ontem que pode
radicalizar ou até mesmo mudar
de partido caso não seja incluída
na reforma tributária a excepcionalidade da Zona Franca de Manaus para conceder às indústrias
incentivos fiscais no ICMS.
Segundo ele, é unânime a insatisfação das bancadas do Amazonas no Congresso com relação ao
ICMS. "Não vou só endurecer
com o governo, vou radicalizar
com certeza. Se eu for levado a
romper com o governo e se meu
partido não compreender isso, eu
deixarei o partido. Entre os interesses do meu Estado e os do meu
partido eu fico com o meu Estado", disse Péres à Agência Folha.
No relatório do deputado Virgílio Guimarães, o prazo para concessão dos benefícios da Zona
Franca, que acabariam em 2013,
foi estendido para mais dez anos,
terminando em 2023. Mas, segundo Péres, sem os incentivos do
ICMS, o pólo industrial, com 434
indústrias, perde competitividade
e novos investimentos. "A economia do Amazonas está centrada
na Zona Franca. Não importa se a
transição foi de oito para dez
anos. Isso [a não inclusão do
ICMS] é mortal", disse.
Quanto ao recolhimento do
ICMS no destino, Péres disse que
essa forma não beneficia a Zona
Franca. O Amazonas arrecada
anualmente cerca de R$ 3 bilhões
com impostos, sendo 38% recolhidos diretamente na produção
das indústrias, isto é, na origem.
Os 62 municípios, incluindo Manaus, recebem um repasse de 25%
sobre o ICMS. "Diante de uma
ameaça dessas temos que reagir
de forma muito dura, porque é
uma questão de sobrevivência",
afirmou Péres.
(KÁTIA BRASIL)
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