DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

A secretária de Educação do Crato, Luciana Brito, afirma que só agora soube que existem no município crianças que precisam acordar de madrugada e remar para atravessar um açude para chegar à escola.
"Já pedi um levantamento à diretora da escola para saber quantas crianças estão nessa situação e verificar se não existem outras escolas mais perto da casa delas", disse a secretária. "Se for necessário, podemos estudar uma maneira de levar o transporte mais perto de onde elas moram."
No município, a 550 km de Fortaleza, são mais de 6.000 crianças, transportadas por 74 rotas, que utilizam o transporte escolar, muitas delas em camionetes, como admite a própria secretária, ainda que descumpra a legislação de trânsito.

Camionete
"Há lugares onde não passa o ônibus, apenas a camionete", disse. "Além disso, no município do Crato, a maior parte dos alunos está situada na zona rural, muitas vezes de difícil acesso". Segundo ela, os veículos contratados têm de ter pelo menos uma cobertura, o que não acontece no caso do veículo que transporta diariamente Eduardo, Robério e outras 20 crianças.
"A prefeitura contrata uma empresa que se responsabiliza pelos veículos. No caso, vamos checar com essa empresa porque a camionete que faz o transporte daquelas crianças não tem cobertura", afirmou Luciana.
FK


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