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Sem convidar Garotinho, candidato vai à Baixada Fluminense ao lado de tucanos
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, deixou de convidar seu principal
apoiador no Estado do Rio, o
ex-governador Anthony Garotinho, para a agenda política
que cumpriu ontem em Duque
de Caixas, na Baixada Fluminense (região metropolitana).
Garotinho esperava participar da atividade. Nos últimos
dez dias, o presidente estadual
do PMDB inaugurou comitês
pró-Alckmin nas cidades de Paracambi, Japeri, Queimados,
São João de Meriti e Mesquita,
todas na Baixada.
Alckmin esteve em Duque de
Caxias acompanhado do ex-prefeito Zito (deputado estadual eleito mais votado) e do
deputado federal Eduardo
Paes, derrotado no primeiro
turno para governador. Ambos
são do PSDB.
Logo após o primeiro turno,
quando anunciou seu apoio ao
tucano, Garotinho disse que teria condições de elevar de 31%
para 40% o percentual de votos
para o candidato na Baixada.
No primeiro turno, Lula teve
69% dos votos, contra 31% do
adversário. O apoio, repudiado
por aliados no Rio, abriu uma
crise na campanha de Alckmin.
Além dos comitês, Garotinho
montou centrais de divulgação
da candidatura Alckmin no interior fluminense, providenciou a confecção de panfletos
com informações sobre seu
apoio ao candidato e escalou a
filha Clarissa Matheus para comandar manifestações de rua.
Questionado sobre a ausência do ex-governador, Alckmin
limitou-se a dizer que ainda poderá haver uma agenda conjunta até a eleição.
À Folha Garotinho disse não
ter sido convidado para o ato,
mas que o tucano telefonou para ele às 13h30, explicando-se.
Segundo o ex-governador, deverá haver amanhã agenda
conjunta em Nova Iguaçu (Baixada). Ele pretende realizar um
comício em que Alckmin possa
falar diretamente aos eleitores
e às lideranças locais.
"Falei para ele que, a esta altura, passar de carro dando
adeusinho não muda voto de
ninguém", disse Garotinho,
que defendia a ida do tucano à
região para que o trabalho ali
desenvolvido fosse mais eficaz.
Na visita a Caxias, Alckmin
voltou a minimizar as pesquisas que o colocam atrás de Lula. "A pesquisa que vale é a do
domingo, dia 29. A diferença é
pequena, dá para tirar."
Para o tucano, 10 milhões de
eleitores ainda não sabem em
quem votar. "Essa semana é
decisiva, concentra a atenção
maior. Há 10 milhões de eleitores que estão observando o
processo eleitoral, o que é uma
prova de sabedoria, analisar,
comparar bem. Lula e o PT já
tiveram a sua oportunidade."
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