São Paulo, segunda-feira, 23 de outubro de 2006

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Sem convidar Garotinho, candidato vai à Baixada Fluminense ao lado de tucanos

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, deixou de convidar seu principal apoiador no Estado do Rio, o ex-governador Anthony Garotinho, para a agenda política que cumpriu ontem em Duque de Caixas, na Baixada Fluminense (região metropolitana).
Garotinho esperava participar da atividade. Nos últimos dez dias, o presidente estadual do PMDB inaugurou comitês pró-Alckmin nas cidades de Paracambi, Japeri, Queimados, São João de Meriti e Mesquita, todas na Baixada.
Alckmin esteve em Duque de Caxias acompanhado do ex-prefeito Zito (deputado estadual eleito mais votado) e do deputado federal Eduardo Paes, derrotado no primeiro turno para governador. Ambos são do PSDB.
Logo após o primeiro turno, quando anunciou seu apoio ao tucano, Garotinho disse que teria condições de elevar de 31% para 40% o percentual de votos para o candidato na Baixada.
No primeiro turno, Lula teve 69% dos votos, contra 31% do adversário. O apoio, repudiado por aliados no Rio, abriu uma crise na campanha de Alckmin.
Além dos comitês, Garotinho montou centrais de divulgação da candidatura Alckmin no interior fluminense, providenciou a confecção de panfletos com informações sobre seu apoio ao candidato e escalou a filha Clarissa Matheus para comandar manifestações de rua.
Questionado sobre a ausência do ex-governador, Alckmin limitou-se a dizer que ainda poderá haver uma agenda conjunta até a eleição.
À Folha Garotinho disse não ter sido convidado para o ato, mas que o tucano telefonou para ele às 13h30, explicando-se. Segundo o ex-governador, deverá haver amanhã agenda conjunta em Nova Iguaçu (Baixada). Ele pretende realizar um comício em que Alckmin possa falar diretamente aos eleitores e às lideranças locais.
"Falei para ele que, a esta altura, passar de carro dando adeusinho não muda voto de ninguém", disse Garotinho, que defendia a ida do tucano à região para que o trabalho ali desenvolvido fosse mais eficaz.
Na visita a Caxias, Alckmin voltou a minimizar as pesquisas que o colocam atrás de Lula. "A pesquisa que vale é a do domingo, dia 29. A diferença é pequena, dá para tirar."
Para o tucano, 10 milhões de eleitores ainda não sabem em quem votar. "Essa semana é decisiva, concentra a atenção maior. Há 10 milhões de eleitores que estão observando o processo eleitoral, o que é uma prova de sabedoria, analisar, comparar bem. Lula e o PT já tiveram a sua oportunidade."


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