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PT quer MST para ajudar no programa de Dilma
Movimento é um dos convidados de encontro em SP para discutir governo
"PT nunca deixou de apoiar MST", diz secretário petista; líder sem terra afirma que militantes sempre foram aliados pela reforma agrária
FÁBIO ZANINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PT convidou o MST e outros movimentos sociais para
discutir o governo Lula e colaborar com a campanha e o programa de governo de Dilma
Rousseff (Casa Civil) em 2010.
O movimento, objeto de uma
CPI no Congresso, é um dos
principais convidados de um
"colóquio" com o PT neste fim
de semana em São Paulo.
João Paulo Rodrigues, um de
seus principais líderes, dividirá
amanhã uma mesa de debates
com o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, e o presidente da CUT, Artur Henrique.
Dilma também estará no evento, em uma mesa separada.
Publicamente, a relação entre o MST e o governo aparenta
estar estremecida, principalmente após a polêmica imagem
de um trator sendo usado pelo
movimento para derrubar pés
de laranja numa fazenda em
São Paulo. Lula chegou a caracterizar o ato de "vandalismo".
Mas, segundo o secretário de
Movimentos Populares do partido, Renato Simões, "o PT
nunca deixou de apoiar o MST,
mesmo que faça algumas críticas". Ele afirma que o PT está
convidando 60 movimentos
sociais. Além de MST e CUT,
participarão também UNE,
Contag e outros. "Queremos
discutir a conjuntura, fazer um
balanço do governo Lula e convidar os movimentos a um diálogo sobre 2010", diz Simões.
O líder João Paulo Rodrigues
diz que os militantes do PT
sempre foram aliados do MST
na "luta pela reforma agrária".
Ontem, o PT reuniu seu GTE
(Grupo de Trabalho Eleitoral)
para definir os próximos eventos da candidatura Dilma.
Em 10 de novembro, o presidente do PT, Ricardo Berzoini,
vai se reunir com os 27 presidentes estaduais do partido. Irá
pressioná-los para priorizar a
aliança pró-Dilma. Isso significa abrir mão de candidaturas a
governador, vice e senador para
aliados, sobretudo o PMDB.
Rio, Minas e Mato Grosso do
Sul são Estados onde o PT ensaia candidatura contra os peemedebistas. No Ceará, a ameaça é de romper com o PSB.
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