São Paulo, quarta-feira, 23 de novembro de 2005

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Aldo foi alertado de que Palocci queria deixar ministério

ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA

Depois de conversar anteontem à noite com Antonio Palocci (Fazenda), o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) comunicou ao presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), que o ministro estava disposto a deixar o governo e que essa sua posição era "praticamente irreversível".
No relato do deputado, Palocci fazia duas exigências: que houvesse manifestações claras do Planalto em apoio a ele e o compromisso de que suas orientações, inclusive quanto ao superávit primário, não seriam alteradas. Palocci, porém, duvidava que as duas fossem cumpridas. Ontem, porém, Lula sinalizava aceitar um superávit maior, o que poderia manter o ministro no cargo.
Se os governistas, inclusive Aldo Rebelo, se dizem constrangidos ao admitir em público que a situação do ministro da Fazenda é muito delicada, a oposição passou o dia ontem verbalizando isso, enquanto Palocci depunha na Câmara.
A oposição, porém, continua disposta a não encarnar o papel de algoz: "Isso é lá coisa deles [do governo]. Quem está derrubando o Palocci não é a oposição", disse o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA).


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