|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CRIME ORGANIZADO
Governo quer poder expropriar área com pista clandestina e laboratório
Congresso discute confisco de terras
da Sucursal de Brasília
O governo encaminhou ontem
ao Congresso proposta de emenda constitucional que amplia os
casos em que ocorrerá a expropriação (confisco de propriedade
segundo formas legais) de terras
usadas para o tráfico ilícito de entorpecentes.
Atualmente, o artigo 243 da
Constituição estabelece que as
terras de qualquer lugar do país
onde forem encontradas culturas
ilegais de plantas psicotrópicas
serão expropriadas "sem qualquer indenização ao proprietário
e sem prejuízo de outras sanções
previstas em lei" e, preferencialmente, destinadas para a reforma
agrária.
Pela proposta, o governo acrescenta a expressão "ou que se prestem, de qualquer modo, para o
tráfico ilícito de entorpecentes".
Na prática, o governo quer expropriar áreas em que existem pistas
de pouso clandestinas ou laboratórios de refino de droga.
A proposta foi encaminhada
pelo ministro da Justiça, José Carlos Dias, e apresentada ontem pelo ministro-chefe da Casa Civil,
Pedro Parente. "Não está sendo
suficiente a destruição de tais pistas, visto que elas são rapidamente reconstruídas pelos traficantes", afirmou Dias, na exposição
de motivos que justifica a proposta de emenda.
Estados
Pedro Parente fez ainda uma
avaliação e um balanço das atividades do governo no último ano.
Entre os assuntos citados, estão as
medidas do governo federal em
relação às exigências feitas pelos
governadores.
O presidente Fernando Henrique Cardoso encaminhou anteontem a todos os governadores
uma carta, acompanhada de um
relatório de 13 páginas, em que
afirma que o governo cumpriu "a
quase totalidade" dos pedidos deles, feitos em reuniões ocorridas
em outubro.
Segundo o governo, a pendência por parte do Executivo é em
apenas 2 dos 11 itens: na revisão
da Lei Kandir (que isenta do pagamento de ICMs alguns produtos para exportação) e no abatimento em até quatro pontos percentuais do pagamento da dívida
pública para indenização de servidores.
Texto Anterior: Celso Pinto: Um aperto nos bancos Próximo Texto: Malta critica atuação da CPI no ES Índice
|