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Documento defende aproximação comercial
DA SUCURSAL DO RIO
Apesar da crítica de empresários brasileiros ao sistema
multilateral privilegiado pelo
Brasil, a declaração conjunta da
Cúpula Brasil-União Européia
prega justamente o fortalecimento do multilateralismo. E
defende ainda a reforma da
ONU, inclusive de seu órgão
mais importante, o Conselho
de Segurança.
Segundo o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, o país e a
UE "enfatizam o multilateralismo no momento em que o
mundo caminha para uma ordem multipolar". Nesse contexto, diz, a reforma da ONU
"merece destaque".
O presidente da França e do
Conselho da UE, Nicolas Sarkozy, e o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, também saíram
em defesa das negociações
multilaterais. Os líderes também ressaltaram a importância
de destravar as negociações em
torno do acordo de livre comércio Mercosul-UE.
O setor empresarial diz que o
Brasil precisa ser mais ambicioso em suas negociações bilaterais, que são mais pragmáticas e rendem bons frutos no
campo das exportações a muitos países da América Latina.
Essa é a opinião, por exemplo,
do presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Armando Monteiro Neto,
que presidiu o 2º Encontro
Empresarial Brasil-UE.
O ex-ministro Luiz Fernando Furlan, presidente do Conselho de Administração da Sadia, diz que é muito mais difícil
chegar a um consenso em negociações em bloco, e recordou o
fracasso do acordo com a UE
em 2004, quando a Argentina
recusou uma cota extra de importações de veículos de apenas 13 mil unidades.
O documento também aponta setores em que Brasil e
União Européia devem começar a conduzir "diálogos-piloto" para aproximações comerciais: têxteis e vestuário; produtos florestais; aço; metais não-ferrosos e minerais.
(PS)
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