São Paulo, terça-feira, 23 de dezembro de 2008

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Documento defende aproximação comercial

DA SUCURSAL DO RIO

Apesar da crítica de empresários brasileiros ao sistema multilateral privilegiado pelo Brasil, a declaração conjunta da Cúpula Brasil-União Européia prega justamente o fortalecimento do multilateralismo. E defende ainda a reforma da ONU, inclusive de seu órgão mais importante, o Conselho de Segurança.
Segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o país e a UE "enfatizam o multilateralismo no momento em que o mundo caminha para uma ordem multipolar". Nesse contexto, diz, a reforma da ONU "merece destaque".
O presidente da França e do Conselho da UE, Nicolas Sarkozy, e o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, também saíram em defesa das negociações multilaterais. Os líderes também ressaltaram a importância de destravar as negociações em torno do acordo de livre comércio Mercosul-UE.
O setor empresarial diz que o Brasil precisa ser mais ambicioso em suas negociações bilaterais, que são mais pragmáticas e rendem bons frutos no campo das exportações a muitos países da América Latina. Essa é a opinião, por exemplo, do presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Armando Monteiro Neto, que presidiu o 2º Encontro Empresarial Brasil-UE.
O ex-ministro Luiz Fernando Furlan, presidente do Conselho de Administração da Sadia, diz que é muito mais difícil chegar a um consenso em negociações em bloco, e recordou o fracasso do acordo com a UE em 2004, quando a Argentina recusou uma cota extra de importações de veículos de apenas 13 mil unidades.
O documento também aponta setores em que Brasil e União Européia devem começar a conduzir "diálogos-piloto" para aproximações comerciais: têxteis e vestuário; produtos florestais; aço; metais não-ferrosos e minerais. (PS)


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