CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Entusiasmado com a ida ao Nordeste, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), já estuda a possibilidade de se licenciar temporariamente do cargo para se dedicar a viagens pelo país.
A idéia é se afastar por cerca de dez dias, em fevereiro. A licença seria uma alternativa à proposta de sair desde já do Palácio dos Bandeirantes.
Na quinta-feira, Alckmin já tem programada uma viagem para o Rio de Janeiro, onde há convite de visita a Macaé e à Baixada Fluminense. Para isso, ele terá de tirar mais um dia de licença, como fez ontem, caso a programação seja em horário de trabalho.
Hoje, de volta a São Paulo, Alckmin avaliará a viagem a Sergipe e Pernambuco. Antes de tomar qualquer decisão, ele analisará a possível reação negativa ao afastamento dentro do PSDB. Alguns aliados temem que seja encarada como afronta ao partido.
O deputado federal Júlio Semeghini (PSDB-SP) é um entusiasta da idéia. "O governador poderia se afastar por uma ou duas semanas. Existe uma demanda muito grande. É uma oportunidade muito boa para que exponha suas idéias."
Alckmin avisou ao PSDB que intensificará a agenda a partir da próxima semana, quando viaja para Mato Grosso do Sul. De acordo com o tesoureiro do partido, Marcos Monteiro, o diretório estadual gastou, até agora, R$ 4,2 mil em passagens, com destinos como Brasília e Porto Alegre.
O gasto com diárias, explicou, só será coberto quando as faturas chegarem ao partido. Para a viagem ao Nordeste, Alckmin se licenciou por três dias. Segundo a assessoria do Palácio dos Bandeirantes, eles serão descontados automaticamente do vencimento a partir da mensagem enviada para a Assembléia Legislativa.
Segundo a assessoria de imprensa do governo paulista, "o ajudante-de-ordens acompanhou o governador, porque, mesmo em licença, continua governador do Estado e a Casa Militar continua responsável por garantir a sua segurança".


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