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ANTONIO CARLOS MAGALHÃES
"Partido só não pode compor com o Serra"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ex-senador e ex-governador
Antonio Carlos Magalhães (BA),
74, acha que, se Roseana Sarney
(MA) desistir, a única coisa que o
PFL não pode fazer é apoiar o tucano José Serra. Quanto aos cargos que o partido ainda mantém,
provoca: "O governo que tire".
Folha - Até onde e quando o PFL
deve apoiar Roseana?
ACM- A Roseana é a candidata
oficial do partido e, como tal, deve
permanecer.
Folha - E se ela decidir, por conta
própria, desistir?
ACM - Aí, o partido vai ter que
partir para outra solução, que pode ser partidária ou em composição com outros candidatos.
Folha - Em tese, o que é melhor
para o partido: candidato próprio,
ficar sem candidato ou fazer aliança com um outro candidato?
ACM- Uma candidatura própria
é ideal, mas em política só há ideal
com vitória. Se a candidatura própria não der, vamos fazer uma
composição. Nesse caso, só não
poderia ser o Serra.
Folha - Entre Lula, Ciro Gomes e
Anthony Garotinho, qual é a melhor opção para o PFL?
ACM - Nesse caso, só quem pode
falar é o Jorge Bornhausen, presidente nacional do partido, e o diretório. Eu tenho minha preferência, mas não posso declarar.
Folha - É nordestina?
ACM - Não digo.
Folha - Qual deve ser a relação
com o governo FHC?
ACM - De oposição cada vez
maior, porque o governo tem tratado o PFL de maneira evidentemente imprópria. A prova de que
o governo não pode ficar sem o
PFL está ficando clara agora, com
a votação da CPMF. Os deputados
do governo preferiram ir para o
Marrocos.
Folha - O que o PFL deve fazer
com os cargos que ainda mantém
no governo?
ACM - Aqui na Bahia não temos
mais cargos do governo. Esses
cargos que ficam falando -na
Caixa Econômica Federal, Banco
do Brasil, Banco do Nordeste,
Correios e Telégrafos-, nada disso é do PFL. São técnicos. Dos
Correios, que era nosso, já foi mudado.
Folha - E onde ainda houver, eles
devem sair?
ACM - O governo que tire.
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