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Secretário diz que
é preciso "discutir
com o governo"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O secretário especial de
Direitos Humanos, Nilmário Miranda, disse que pessoalmente defende a ampliação da lei que reconhece desaparecidos políticos como
anistiados e concede reparação econômica a seus familiares. Afirmou que antes, no entanto, terá de conversar
com o "governo", mesmo
sendo ele do primeiro escalão do governo federal.
"Teremos vários avanços
no governo de [Luiz Inácio]
Lula [da Silva]. Não sei exatamente quais. Tenho minhas opiniões, minhas posições, mas vou discutir com o
governo", disse.
O acesso aos arquivos militares, segundo ele, também
terá de passar pelo crivo do
"governo".
Miranda afirmou que a
pressão de ONGs e familiares de perseguidos políticos
não o incomoda. E que o governo Lula está reagindo
bem e em tempo satisfatório
às demandas. Segundo ele, a
demora em reiniciar os trabalhos da comissão se deve à
sua própria substituição.
Miranda era integrante do
grupo mas não pôde permanecer na função porque assumiu a secretaria.
Irá substituí-lo na comissão a deputada federal Maria
do Rosário (PT-RS), da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
Para Nilmário, apesar das
resistências dos militares em
abrir seus arquivos, a condução do processo de reconhecimento de vítimas no Brasil
é exemplo para outros países. "Essa é uma coisa que
está sangrando em muitos
países."
(ID)
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