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São Paulo, segunda-feira, 24 de março de 2003

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Secretário diz que é preciso "discutir com o governo"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O secretário especial de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, disse que pessoalmente defende a ampliação da lei que reconhece desaparecidos políticos como anistiados e concede reparação econômica a seus familiares. Afirmou que antes, no entanto, terá de conversar com o "governo", mesmo sendo ele do primeiro escalão do governo federal.
"Teremos vários avanços no governo de [Luiz Inácio] Lula [da Silva]. Não sei exatamente quais. Tenho minhas opiniões, minhas posições, mas vou discutir com o governo", disse.
O acesso aos arquivos militares, segundo ele, também terá de passar pelo crivo do "governo".
Miranda afirmou que a pressão de ONGs e familiares de perseguidos políticos não o incomoda. E que o governo Lula está reagindo bem e em tempo satisfatório às demandas. Segundo ele, a demora em reiniciar os trabalhos da comissão se deve à sua própria substituição. Miranda era integrante do grupo mas não pôde permanecer na função porque assumiu a secretaria.
Irá substituí-lo na comissão a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
Para Nilmário, apesar das resistências dos militares em abrir seus arquivos, a condução do processo de reconhecimento de vítimas no Brasil é exemplo para outros países. "Essa é uma coisa que está sangrando em muitos países." (ID)


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