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ELEIÇÕES 2006/PRESIDÊNCIA
Pefelista consulta hoje tucano para decidir se partido sacrifica candidato que "force" 2º turno
Maia desiste de candidatura; PFL propõe acordo a Alckmin
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
CHICO DE GOIS
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
O PFL anunciou ontem que o
prefeito do Rio, Cesar Maia, desistiu de disputar a Presidência ou o
governo do Rio nestas eleições.
A decisão do futuro do partido
agora está nas mãos do governador e pré-candidato do PSDB à
Presidência, Geraldo Alckmin.
Uma conversa hoje entre Alckmin e Maia deve definir se o PFL
se une aos tucanos no primeiro
turno ou se lança um candidato
para forçar o segundo turno. Maia
não será candidato, e ficará na
prefeitura durante o Pan de 2007.
"Caberá a Alckmin a última palavra. Até o sacrifício estamos oferecendo, de lançar um candidato
que dificilmente chegaria ao segundo turno", afirmou o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), ontem, no Rio,
após almoço com Maia. O prefeito não falou com a imprensa.
Ontem, no Rio, Alckmin disse
que, no que depender dele, irá trabalhar para que PSDB e o PFL estejam juntos já na primeira fase da
eleição. O governador, entretanto,
avalia também a possibilidade de
o PFL lançar candidato próprio
para ajudar a provocar um segundo turno nas eleições de outubro.
Segundo Bornhausen, a maioria
dos parlamentares, governadores
e prefeitos consultados prefere
uma coligação no primeiro turno.
"O prefeito Cesar Maia consultará
Alckmin sobre o que prefere: que
o PFL lance um outro candidato à
Presidência que ajude a forçar o
segundo turno, ou que haja já no
primeiro turno a coligação".
A idéia do PFL é fazer uma
"concertação", aliança que não se
restrinja ao pleito, mas perdure
durante um eventual governo.
Nessa aliança, o partido quer o direito de indicar o vice, além de
costurar acordos regionais.
Segundo a última pesquisa Datafolha, Alckmin cresceu seis
pontos percentuais nas intenções
de voto -passou de 17% para
23%. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua à frente, com
42%. "Eleição nunca é fácil",
constatou, para em seguida dizer
que analisa a possibilidade de vitória no primeiro turno "com pés
no chão, mas com confiança".
Alckmin aproveitou para criticar o governo. "Nós já tivemos
um primeiro mandato muito sofrível, sobre todos os pontos de
vista: ético e da eficiência."
Ontem à noite, o tucano jantou
com o vice-prefeito do Rio, Otávio Leite, com a filha do ex-presidente Juscelino Kubistchek, Maristela, e líderes do PSDB.
Maristela declarou que "tem
certeza" que Alckmin vencerá a
eleição e que "o Brasil precisa" de
Alckmin e "JK está mandando dizer que precisa".
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