São Paulo, sexta-feira, 24 de março de 2006

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ELEIÇÕES 2006/PRESIDÊNCIA

Pefelista consulta hoje tucano para decidir se partido sacrifica candidato que "force" 2º turno

Maia desiste de candidatura; PFL propõe acordo a Alckmin

RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO

CHICO DE GOIS
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

O PFL anunciou ontem que o prefeito do Rio, Cesar Maia, desistiu de disputar a Presidência ou o governo do Rio nestas eleições.
A decisão do futuro do partido agora está nas mãos do governador e pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin.
Uma conversa hoje entre Alckmin e Maia deve definir se o PFL se une aos tucanos no primeiro turno ou se lança um candidato para forçar o segundo turno. Maia não será candidato, e ficará na prefeitura durante o Pan de 2007.
"Caberá a Alckmin a última palavra. Até o sacrifício estamos oferecendo, de lançar um candidato que dificilmente chegaria ao segundo turno", afirmou o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), ontem, no Rio, após almoço com Maia. O prefeito não falou com a imprensa.
Ontem, no Rio, Alckmin disse que, no que depender dele, irá trabalhar para que PSDB e o PFL estejam juntos já na primeira fase da eleição. O governador, entretanto, avalia também a possibilidade de o PFL lançar candidato próprio para ajudar a provocar um segundo turno nas eleições de outubro.
Segundo Bornhausen, a maioria dos parlamentares, governadores e prefeitos consultados prefere uma coligação no primeiro turno. "O prefeito Cesar Maia consultará Alckmin sobre o que prefere: que o PFL lance um outro candidato à Presidência que ajude a forçar o segundo turno, ou que haja já no primeiro turno a coligação".
A idéia do PFL é fazer uma "concertação", aliança que não se restrinja ao pleito, mas perdure durante um eventual governo. Nessa aliança, o partido quer o direito de indicar o vice, além de costurar acordos regionais.
Segundo a última pesquisa Datafolha, Alckmin cresceu seis pontos percentuais nas intenções de voto -passou de 17% para 23%. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua à frente, com 42%. "Eleição nunca é fácil", constatou, para em seguida dizer que analisa a possibilidade de vitória no primeiro turno "com pés no chão, mas com confiança".
Alckmin aproveitou para criticar o governo. "Nós já tivemos um primeiro mandato muito sofrível, sobre todos os pontos de vista: ético e da eficiência."
Ontem à noite, o tucano jantou com o vice-prefeito do Rio, Otávio Leite, com a filha do ex-presidente Juscelino Kubistchek, Maristela, e líderes do PSDB.
Maristela declarou que "tem certeza" que Alckmin vencerá a eleição e que "o Brasil precisa" de Alckmin e "JK está mandando dizer que precisa".


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