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SÃO PAULO
PSB já é sondado para vice de Serra
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DO PAINEL
Nem sequer foi anunciada a
candidatura, já começa a corrida
pela vice na chapa do tucano José
Serra ao governo do Estado. Embora Serra se declare indeciso, potenciais aliados discutem a indicação e um dos nomes cotados surpreende pela origem: o PSB, companhia histórica do PT.
Segundo aliados de Serra e do
governador Geraldo Alckmin, o
prefeito de São Bernardo, Willian
Dib, já foi até sondado sobre a hipótese de deixar o cargo para concorrer. Além de sinalizar com um
passo à esquerda, a escolha atrairia votos no ABC, berço do PT.
Em 2004, Dib foi reeleito em primeiro turno, com 77% dos votos,
derrotando o PT no domicílio
eleitoral de Luiz Inácio Lula da
Silva. Na semana que vem, o prefeito deve se encontrar com Serra.
Ainda que não seja escolhido,
ele estará no palanque de Alckmin para a disputa pela Presidência. Sua presença na campanha do
PSDB fragilizará a base de sustentação de Lula. Com a verticalização, o PSB deverá ficar de fora da
chapa de Lula para ter liberdade
de composição nos Estados.
Além de Dib, outros dois nomes
têm sido citados para a vaga de vice de Serra: o do presidente do
PMDB, Michel Temer, e o do líder
do PTB, Campos Machado.
As apostas partem da premissa
de que, saciado com a Prefeitura
de São Paulo, a presidência da Assembléia Legislativa e os últimos
meses do governo estadual, o PFL
abriria mão da vaga de vice-governador e do Senado.
Assim poderia negociar com o
PMDB e outros partidos. Mas o
PFL resiste. No partido, o preferido de Serra é o secretário municipal de Educação, José Aristodemo
Pinotti. No próprio PSDB, a deputada Zulaiê Cobra reagiu à idéia
de composição com o ex-governador Orestes Quércia.
O PSDB conclui hoje a "romaria" ao gabinete de Serra, desta
vez com o "apelo" de deputados
federais tucanos por sua candidatura ao governo do Estado.
Ontem, deputados estaduais tucanos estiveram na prefeitura para reforçar os pedidos por sua
candidatura. Dos 22 deputados,
seis foram ao evento, de caráter
partidário, com carros oficiais.
Questionado sobre o fato, o líder
da bancada, Ricardo Tripoli, negou-se a tratar do assunto.
Em evento público no início da
tarde de ontem, o prefeito paulistano recusou-se a falar sobre sua
eventual candidatura.
Serra contestou a informação,
publicada ontem pela Folha, de
que teria discutido uma aliança
com o pedetista Paulo Pereira da
Silva, o Paulinho da Força Sindical. E arrematou com a seguinte
frase: "Não significa que eu esteja
dizendo nem aquilo [a conversa
com Paulinho] nem o contrário.
Só para ficar claro".
Colaborou CONRADO CORSALETTE, da Reportagem Local
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