São Paulo, terça-feira, 24 de março de 2009

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

O fundo do poço?

nytimes.com
No alto da home do "New York Times", gráfico acompanhou, hora a hora, a reação em Wall Street

Saiu o pacote com mais US$ 1 trilhão para os bancos, com direito ao artigo "Meu plano para títulos tóxicos" assinado pelo secretário do Tesouro ontem no "Wall Street Journal", entrevista na CNBC etc.
Foi manchete ao redor do mundo, com americanos e europeus sublinhando o salto de mais de 6% em Wall Street e com os brasileiros noticiando os "quase 6%" na Bovespa.
Na manchete da Reuters Brasil, "EUA amenizam a angústia com bancos e Bovespa dispara". No Terra, foi "a maior alta desde janeiro". Nas buscas de Brasil por Yahoo News e Google News, o destaque era a valorização do real.
Na submanchete on-line do "Financial Times", a avaliação esperançosa do editor de investimentos do jornal britânico, "Se o plano do Tesouro funcionar, podemos ter batido no fundo do poço". De quebra, os executivos da AIG já devolvem bônus.

OS CREDORES

guardian.co.uk
O presidente da China se mostrou preocupado com os títulos do Tesouro, na semana passada, e o "Guardian" foi levantar "quem é dono da dívida americana", hoje. A China é o maior credor, acompanhada de perto pelo Japão. Não muito atrás, Reino Unido e Brasil.

ESPERANÇA

A colunista do "WSJ" para a América Latina, Mary O’Grady, ultraconservadora, publicou ontem, com foto de Lula, o texto "Brasil não deve contar com Washington". Relatou a pressão feita pelo brasileiro, por ação dos EUA nos títulos tóxicos, e insistiu para Lula não ter "esperança no governo" Obama. Ontem mesmo, porém, Obama e seu secretário lançaram o plano de resgate dos títulos.

CUIDADO

O Huffington Post postou artigo do "scholar" Raymond Learsy, do Wilson Center, chamando o Brasil a pensar bem antes de aceitar o convite da Opep, noticiado no fim de semana. No enunciado, "Por favor, Brasil, cuidado!". Ele pede ao "bom povo do Brasil" que estude os "colegas de clube", tipo Arábia Saudita, e cita o julgamento e punição, com 40 chicotadas, de uma senhora de 75 anos.

G2

O site do "China Daily" ressaltou que o presidente Hu Jintao está otimista com seu primeiro encontro com Obama, na reunião do G20 em Londres. Na manchete do jornal, porém, "Sinal de flexibilidade nas negociações comerciais" da Rodada Doha. É o que promete o ministro chinês do comércio, acrescentando que agora "a bola está na quadra dos EUA".
Na home do "FT", na mesma linha de pressão, o banco central chinês, em texto postado, "propôs trocar o dólar americano como moeda de reserva internacional por um novo sistema global controlado pelo FMI". De sua parte, Obama assina um artigo sobre o G20 e os "interesses entrelaçados" pela crise, hoje no "El País", sob o título "A hora da ação mundial".

REVOLUÇÃO MILITAR

O correspondente do "El País" publicou ontem a longa "análise" "A revolução do Brasil na indústria militar". Em suma, "Lula não quer encerrar seu governo sem colocar em ação a reestruturação profunda da indústria militar, não só em seu país, mas em toda a região".

LULA PÓS-LULA

Sérgio Lima - 14.abr.05/Folha Imagem
No "Valor", Lula em Gorée
Sergio Leo e Lauro Jardim detalham os planos de Lula, a partir de janeiro de 2011, fora do poder. A ideia seria criar uma instituição internacional para "combater a pobreza na África". Lula já teria levantado a questão em Nova York, nas "conversas informais" com eventuais financiadores. E até em seu "primeiríssimo encontro com Obama" ele teria tratado do assunto, segundo uma lista manuscrita por ele próprio, listando como temas abordados com o americano, pela ordem, "Crise, Doha, América Latina, África, Conselho de Segurança".



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