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Ministro já se desentendeu com entidades
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Polêmico, o novo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Ferreira Mendes, 52,
acumulou, desde que entrou
na Corte, em 2002, uma série
de desentendimentos com
colegas e com outras entidades, como a Polícia Federal e
o Ministério Público.
Gilmar Mendes é mato-grossense e está no Supremo
desde 2002. Foi indicado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Antes,
foi advogado-geral da União
e procurador da República.
Defensor do foro privilegiado para autoridades, já
apoiou a redução do poder de
investigação de procuradores. Em 2004, em julgamento que tratou da questão, comentou a necessidade de leis para disciplinar a atuação do
Ministério Público.
Em relação à PF, Mendes
acusou, no ano passado, a
corporação de empregar métodos "fascistas" e de cometer "canalhice" em relação à
divulgação de dados relacionados à Operação Navalha,
referindo-se a uma lista de
autoridades feita pela empreiteira Gautama, envolvida no esquema, para o envio
de presentes de Natal. Entre
os nomes que constavam na
lista, estava Gilmar Mendes.
Na ocasião, o ministro alegou que se tratava de alguém
com o mesmo nome dele.
Também em 2007, Mendes protagonizou uma acalorada discussão em plenário
com o colega Joaquim Barbosa. O debate foi sobre a
possibilidade de suspensão
do efeito retroativo de uma
decisão, em que os ministros
declararam inconstitucional
uma lei mineira de 1990.
No bate-boca, Barbosa disse que o colega pretendia
adotar o "jeitinho" ao tentar
mudar o resultado de um julgamento que havia sido concluído dias antes. A resposta
de Mendes veio em seguida:
"Vossa Excelência não pode
pensar que pode dar lição de
moral aqui.... Vossa Excelência não tem condições".
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