São Paulo, quinta-feira, 24 de abril de 2008

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Ministro já se desentendeu com entidades

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Polêmico, o novo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Ferreira Mendes, 52, acumulou, desde que entrou na Corte, em 2002, uma série de desentendimentos com colegas e com outras entidades, como a Polícia Federal e o Ministério Público.
Gilmar Mendes é mato-grossense e está no Supremo desde 2002. Foi indicado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Antes, foi advogado-geral da União e procurador da República.
Defensor do foro privilegiado para autoridades, já apoiou a redução do poder de investigação de procuradores. Em 2004, em julgamento que tratou da questão, comentou a necessidade de leis para disciplinar a atuação do Ministério Público.
Em relação à PF, Mendes acusou, no ano passado, a corporação de empregar métodos "fascistas" e de cometer "canalhice" em relação à divulgação de dados relacionados à Operação Navalha, referindo-se a uma lista de autoridades feita pela empreiteira Gautama, envolvida no esquema, para o envio de presentes de Natal. Entre os nomes que constavam na lista, estava Gilmar Mendes. Na ocasião, o ministro alegou que se tratava de alguém com o mesmo nome dele.
Também em 2007, Mendes protagonizou uma acalorada discussão em plenário com o colega Joaquim Barbosa. O debate foi sobre a possibilidade de suspensão do efeito retroativo de uma decisão, em que os ministros declararam inconstitucional uma lei mineira de 1990.
No bate-boca, Barbosa disse que o colega pretendia adotar o "jeitinho" ao tentar mudar o resultado de um julgamento que havia sido concluído dias antes. A resposta de Mendes veio em seguida: "Vossa Excelência não pode pensar que pode dar lição de moral aqui.... Vossa Excelência não tem condições".


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