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Julgamento de questão técnica levou a bate-boca
DA REPORTAGEM LOCAL
Os dois julgamentos que
precederam o bate-boca entre Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa tinham foco
numa questão técnica: definir quando seria válida a decisão da corte que declarou
inconstitucionais duas leis.
A essa limitação temporal
dos efeitos de uma decisão
dá-se o nome de modulação.
Em discussão estava uma
lei do Paraná, que incluiu
serventuários não remunerados pelo erário no regime
de previdência do Estado, e
outra lei nacional, que garantia o foro privilegiado de julgamento a ex-autoridades.
As duas leis já haviam sido
consideradas inconstitucionais pelo STF. Anteontem,
foi discutida a necessidade
de modular cada decisão.
Barbosa se opôs à decisão
de Mendes de modular a
questão do Paraná a partir da
data de julgamento no STF
(em 2006). Para ele, isso beneficiaria os não servidores
incluídos na Previdência entre 1998, quando a lei foi criada, e 2006. Sobre o foro, Barbosa defendeu a modulação a
partir do dia do julgamento
no STF. Caso contrário, condenados entre 2002 (ano da
criação da lei) e 2005 (quando a norma foi votada ilegal)
teriam suas penas anuladas.
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