São Paulo, domingo, 24 de junho de 2001

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OUTRO LADO

Secretaria diz que compradores cumprem prazos

DA SUCURSAL DO RIO

A Secretaria de Fazenda do Rio informou que o PED (Programa Estadual de Desestatização) já arrecadou R$ 1,9 bilhão para os cofres públicos.
De acordo com a secretaria, ainda faltam R$ 217,2 milhões a serem pagos, mas todas as concessionárias estão cumprindo os prazos de pagamento estabelecidos nos contratos.
As concessionárias dizem obedecer às metas de investimentos previstas em contrato.
Em depoimentos à CPI, os presidentes da Cerj, da Light, da Flumitrens, do Terminal Garagem Menezes Côrtes S.A. e da Supervia negaram o uso de Cotas de Fundo de Privatização supervalorizados nas transações. Disseram que vão fornecer os contratos à CPI.
O presidente da Supervia, Paulo Bello, diz que a CPI não o informou das suspeitas de tráfico de influência contra a diretora de Planejamento da empresa, Regina Amélia Oliveira, ex-funcionária da Flumitrens.
"Regina não ocupava cargo executivo na Flumitrens. Era apenas uma técnica que, como 1.028 funcionários da estatal, foram absorvidos", afirmou.
O presidente da Supervia disse que todo o processo de preparação da Flumitrens para a venda foi realizado por um grupo de empresas terceirizadas sob a coordenação da firma de consultoria Engevix.
Segundo Bello, dos R$ 279 milhões pagos pela Flumitrens, R$ 5 milhões foram em CFP. Ele diz que a empresa fornecerá nos próximos dias todos os documentos pedidos pela CPI.
Por meio de sua assessoria, a empresa Terminal Menezes Côrtes S.A. informou que o fato de ter sido legalmente constituída nas Ilhas Cayman não a torna uma empresa-fantasma.
A empresa diz não ter cópia do processo referente à privatização do Menezes Côrtes, pois os documentos da venda do terminal tramitaram no PED e a guarda era responsabilidade do governo do Estado.
Em depoimento à CPI, o ex-presidente do PED Henrique Dittmar Filho negou todas as acusações. Procurado pela Folha, sua secretária informou que ele está em Paris, de férias.



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