São Paulo, sábado, 24 de agosto de 2002

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Mercenários espalham ofertas de dossiês e faturam com a eleição

DA REPORTAGEM LOCAL

O trabalho de espionagem ultrapassa, às vezes, o próprio partido. Sem ideologia partidária ou filiação política, os mercenários se dedicam ao comércio de informações e de imagens polêmicas. Tudo o que possa ser usado para prejudicar uma determinada candidatura vale ouro.
Foi um mercenário, por exemplo, que entregou à equipe de Paulo Maluf (PPB), na eleição municipal de 2000, uma fita de vídeo em que o petista Luiz Inácio Lula da Silva afirmava que a cidade de Pelotas "exportava veados". Os pepebistas não comentam o valor pago pela gravação.
A exibição da fita durante a propaganda eleitoral não evitou, no entanto, que Maluf perdesse para Marta Suplicy (PT).
Nesta eleição, dois partidos afirmaram terem recebido ofertas de dossiês contra Maluf, por supostas irregularidades praticadas durante sua gestão como prefeito de São Paulo (1993-1996). O valor solicitado: R$ 5 milhões.
Os partidos citaram ainda terem conhecimento de outro dossiê, desta vez contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Correligionários do presidenciável Ciro Gomes (PPS) afirmaram terem recebido informações de que adversários procuram por fitas de vídeo, fotografias ou gravações que registrem possíveis cenas de fúria do presidenciável. Uma das críticas que Ciro mais recebe dos opositores é a de ser destemperado. (LC E JD)


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