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Alckmin articula parceria com Aécio
CONRADO CORSALETTE
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A investida do governador de
São Paulo, Geraldo Alckmin
(PSDB), para ganhar espaço na
disputa interna dos tucanos pela
candidatura à Presidência teve
novo desdobramento ontem, em
evento público no qual trocou
afagos com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB),
outro presidenciável do partido.
Juntos, os dois articulam uma
estratégia para obter o comando
da legenda nas eleições internas
do PSDB marcadas para novembro. O prefeito de São Paulo, José
Serra (PSDB), tucano que aparece
hoje nas pesquisas com melhores
condições de vencer o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições do ano que vem, é presidente
nacional licenciado do partido.
Alckmin e Aécio se encontraram pela manhã em evento da
BM&F (Bolsa de Mercadorias &
Futuros), em São Paulo. Nos discursos, a palavra mais usada foi
"parceria", mas sem referências
diretas à sucessão presidencial.
Ambos afirmam que a escolha do
candidato do partido só será discutida a partir do ano que vem.
"Certamente estaremos juntos
nas eleições do ano que vem, até
pela própria identidade que temos de propósitos, de princípios
e de ação", disse Aécio. "Alckmin
é um dos melhores membros do
partido, um dos mais preparados
e em melhores condições de enfrentar esse desafio [de concorrer
à Presidência]. Mas essa decisão
será num momento adequado."
Alckmin chegou a citar Serra
entre os presidenciáveis tucanos,
ao dizer que o partido tem bons
quadros para disputar o Palácio
do Planalto -o governador paulista estará hoje com o prefeito em
um evento na zona sul. "O Serra é
um grande nome, é muito bom
para o PSDB ter bons nomes, [há]
o Aécio, mas só no ano que vem."
O governador paulista disse a
Aécio que a admissão de que pretende disputar as eleições, feita
por ele em evento com empresários na semana passada, "não foi
intencional", mas acabou sendo
importante para que pudesse "fixar terreno" na disputa. Ele começou a articular sua candidatura
para evitar que Serra se transforme no candidato natural dos tucanos em 2006, por estar mais
bem colocado nas pesquisas.
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