São Paulo, quarta-feira, 24 de agosto de 2005 |
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GOVERNO AMBÍGUO Tarso Genro afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é "contraditório" e, ao mesmo tempo, "ambíguo". "Ao mesmo tempo que atua na base, com uma politica social ampla para os excluídos, ele aposta na estabilidade travando o setor produtivo quase como um fim em si mesmo", disse o presidente do PT ao responder a uma pergunta elaborada por alguém da platéia. Tal postura, segundo Tarso, é um nó da esquerda mundial. "Esta questão não foi resolvida por nenhum partido de esquerda no mundo nesses 20, 30 anos. Todos [partidos] fizeram quase a mesma coisa", disse o dirigente petista. Segundo Tarso, a mudança de modelo não se faz apenas com uma "transposição mecânica". Nesse sentido, afirmou ele, o PT teria de atuar mais, junto com outros agentes sociais, para apresentar alternativas novas ao governo. "Defendo um processo de transição, e o partido abdicou de discutir com a sociedade,com intelectuais, com empresários, porque houve uma interdição do debate", disse o presidente do PT. O erro do partido, afirmou Tarso, foi colocar "no mesmo saco" quem defendia uma transição gradual e negociada do modelo e "aqueles que têm uma visão rupturista, inclusive com o próprio sistema financeiro internacional, o que traria danos trágicos". Instado a comentar sua relação com a filha Luciana Genro, deputada do PSOL que defende rupturas econômicas, Tarso disse que preferiria não tratar do assunto, pois não seria "republicano". Texto Anterior: Depoimento de Buratti Próximo Texto: Escândalo do "mensalão"/Os intelectuais: Chaui silencia sobre crise e ironiza tucanos Índice |
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