DA FOLHA RIBEIRÃO

O candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, José Serra, disse ontem em São Joaquim da Barra (384 km de SP) não temer que a possível parceria entre o presidente e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o candidato peemedebista ao governo, Orestes Quércia, possa atrapalhar a sua candidatura.
A proposta de união foi levantada pelo PT para tentar fortalecer a campanha de Lula em São Paulo. Ontem, Quércia disse que não vai apoiar Lula.
"Eu também quereria [apoio] se fosse o PT, mas, sendo o Quércia, eu não quero. Nossa posição é definitiva. Não temos candidato a presidente no primeiro turno", afirmou.
Serra também criticou as políticas adotadas por Lula na área da saúde. Segundo o tucano, que foi ministro da Saúde de Fernando Henrique Cardoso, Lula "comprimiu" os recursos e não deu continuidade às práticas adotadas por ele, como o mutirão de cirurgias eletivas.
Ao ser questionado se a possível vitória de Lula no primeiro turno pode atrapalhá-lo, caso haja segundo turno no Estado, Serra disse que a vitória do petista não está garantida. "Nada pode atrapalhar minha campanha. Se fosse assim, eu também já poderia me considerar eleito. A distância de Lula para [Geraldo] Alckmin não é muito maior que a minha em relação aos outros candidatos."


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