São Paulo, segunda-feira, 24 de agosto de 2009

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NELSON DE SÁ - nelson.sa@grupofolha.com.br

Pré-sal, depois férias

A coluna "Painel" fechou a semana avisando que vem aí uma "redoma para Dilma", que não vai mais responder diretamente aos ataques, "como a pecha de "mentirosa" que a oposição procura carimbar". No Twitter, Mônica Bergamo postou no sábado que, "exausta" e "abatida", ela sai de cena por um tempo e "só não tira férias maiores por causa do pré-sal, que será lançado dia 31", segunda que vem.
E o jornal "O Estado de S. Paulo", na manchete de papel, ontem, anunciou que a ministra "sai de férias por no mínimo uma semana, em setembro, após o anúncio do marco regulatório".

A FEBRE
AP/Ricardo Moraes/washingtonpost.com


A Associated Press produziu reportagem especial sobre como o Brasil, "potência de energia alternativa, descobriu Big Oil". Vê "febre de combustível fóssil", depois que a "Petrobras achou o massivo Tupi". Diz que "o entusiasmo vem da devoção à Petrobras", igual ao futebol, e ironiza: "Tente encontrar americanos que apoiem assim a Exxon". Por outro lado, Sérgio Leitão, do Greenpeace, compara Tupi ao fracasso da borracha na Amazônia, um século atrás

INFLEXÃO NA VALE
Em submanchete na Folha Online, ontem, Kennedy Alencar postou que, "após o pré-sal, a Vale é alvo de ação de Lula", que prepara uma "inflexão no papel do Estado brasileiro: o governo passará a ter maior ação na economia". O Bradesco comanda a Vale "por meio de um acordo de acionistas" e indicou seu atual presidente, Roger Agnelli, mas a União tem mais capital com direito a voto.

E NA BRASKEM
O portal da "Exame", que havia registrado a "inflexão" estatal também em relação à Telebrás, como parte do programa eleitoral de Dilma, passou o fim de semana com manchete para negociações que podem levar a Petrobras "a dividir com a Odebrechet o controle da Braskem". Esta, se as conversas derem certo, "consolida sua liderança no setor petroquímico na região" e parte para o mundo.

NOVA VELHA INTERNET
A conta de Aloizio Mercadante no Twitter foi manchete do "Jornal Nacional" por dois dias, com a renúncia e com o recuo. O número de políticos que vem apelando ao site já faz surgir ferramentas para seguir melhor suas páginas. E correspondentes, repórteres, assessores correm ao Twitter, eles também, às dezenas.
Por outro lado, o blog de Fernando Rodrigues informa que os senadores, de volta à ativa, devem votar na quarta "o monstrengo que saiu da Câmara para limitar o uso da internet". Twitter inclusive.

EMATOMA

A sequência final de “tweets”, na quinta-feira

Na noite de quinta, a publicitária Marisa Toma, coordenadora de mídia social da Agência Click, postou em seu Twitter que estava "tomando decisões bastante definitivas". Uma hora depois, "bai pipou! Foi bom brincar com vocês? bjo bjo". Foi encontrada morta na manhã seguinte. O relato foi feito por Blue Bus, Tiago Dória e sites como Info Online. Este com o registro de que "a hipótese de suicídio é levantada por alguns usuários do Twitter e outros blogueiros".
Seu blog, Objetos de Desejo, trazia como bio "I am what I am. Someone has to be".

O MUNDO EM QUE VIVEMOS
Autor de romances como "A Guerra do Fim do Mundo", sobre Canudos, o peruano Mario Vargas Llosa escreveu ontem longamente no espanhol "El País" sobre a notícia de que um político e apresentador de televisão brasileiro, na Amazônia, encomendava assassinatos para cobrir com exclusividade e ganhar audiência.
Sob o título "O mundo em que vivemos", avalia que a cultura predominante do século 21 "pulverizou todos os valores, de modo que "divertir" ou "entreter" passou a ser o valor supremo, a prioridade das prioridades".

MURDOCH CORTA
wsj.com


A News, do "Wall Street Journal", anunciou que vai fechar um jornal gratuito em Londres (esq.) e colocou a venda o índice Dow Jones, da Bolsa


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@ - Nelson de Sá



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