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Parecer da Previdência é analisado
RAQUEL ULHÔA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O parecer do líder do PT, Tião
Viana (AC), mantendo inalterada
a proposta de reforma da Previdência aprovada pela Câmara deverá ser votado hoje na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
O PFL vai apresentar voto em separado fazendo várias alterações
no texto, mas já prevê derrota.
Para assegurar a aprovação,
dois titulares do PMDB cujos votos eram considerados duvidosos
pelo governo -José Maranhão
(PB) e Papaléo Paes (AP)- estavam sendo convencidos pelo partido a não votar. Nesse caso, eles
seriam substituídos pelos primeiros suplentes do partido: Romero
Jucá (RR) e Luiz Otávio (PA).
Até o início da noite, pelo menos Paes continuava disposto a
rejeitar a reforma. "Se não me tirarem da comissão, votarei contra", afirmou o peemedebista.
O segundo passo da estratégia
do PFL para tentar atrapalhar a
votação consiste em apresentar
destaques pedindo apreciação de
mais de cem emendas separadamente. Esse direito será garantido, segundo o presidente da CCJ,
Edison Lobão (PFL-MA).
"Seria antidemocrático impedir
a votação em separado. A reunião
será demorada, chata, com a votação de 150 emendas, mas, ao final,
a proposta ficará como o governo
quer", previu Lobão.
Embora prevendo tumultos na
reunião de hoje, os governistas estavam confiantes na aprovação
do parecer de Viana. A intenção
do governo é permitir alteração
no texto só na tramitação em plenário, para restringir a fase de negociações, em que o Planalto deverá fazer concessões à oposição.
O único ponto que o governo já
deu sinal verde para ser alterado é
a regra do subteto dos servidores
do Executivo estadual. Pelo texto
aprovado na Câmara, a soma das
remunerações do servidores do
Executivo no Estado não pode ultrapassar o salário do governador.
A alternativa que está sendo negociada no Senado é dar ao governador a prerrogativa de propor
projeto de lei à Assembléia fixando subteto maior, desde que limitado ao salário de desembargador
-90,25% da remuneração de ministro do STF (Supremo Tribunal
Federal), que é de R$ 17,3 mil.
São necessários 12 votos para
aprovar a reforma na CCJ. Dos 23
titulares, o bloco de apoio ao governo (PT, PSB, PTB e PL) tem 7
votos, o PMDB, 6, e o PPS, 1. Além
desses 14, os governistas esperam
contar com pelo menos mais 2 na
oposição. O PSDB, que tem três
votos, decidiu votar a favor.
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