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REFORMA AGRÁRIA
Pronera perde R$ 22,5 mi
Verba para ensino de
assentados é cortada
ABNOR GONDIM
da Sucursal de Brasília
O governo cortou os R$ 22,5 milhões propostos ao Orçamento da
União de 2000 para o Pronera,
programa de combate ao analfabetismo em projetos de reforma
agrária.
A manutenção do Pronera no
próximo ano dependerá da aprovação, no Congresso Nacional, de
emenda ao Orçamento, no valor
de R$ 250 milhões, apresentada
esta semana pela bancada do PT.
Com um orçamento atual de R$
21 milhões, o Pronera atende 51
mil alunos distribuídos em 1.091
assentamentos implantados em
503 municípios. A meta é atingir
75 mil alunos até o final deste ano.
A assessoria do ministro Raul
Jungmann (Política Fundiária)
prevê que a emenda do PT sofrerá
cortes, mas deverá assegurar recursos que impeçam a suspensão
do programa.
No ano passado, a bancada petista aprovou, com a ajuda dos demais partidos de oposição, emenda para o Pronera, que também
havia sofrido corte integral no Orçamento. A emenda apresentada
em 98 previa a destinação de R$
100 milhões para o programa,
mas apenas R$ 21 milhões foram
efetivamente aprovados.
O Pronera foi criado em abril de
1997 como resultado das conclusões apresentadas pelo 1º Censo
da Reforma Agrária sobre o nível
de educação dos assentados.
Desde então foram mantidos
convênios com 38 universidades
para o treinamento de monitores
nos assentamentos para atuar como professores remunerados pelo governo federal.
Dados do censo apontaram que
cerca de 110 mil (43% do total) assentados eram analfabetos. Atualmente, o Incra (Instituto Nacional
de Colonização e Reforma Agrária) estima que haja 980 mil analfabetos com idade acima de 14
anos nos assentamentos.
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