São Paulo, terça-feira, 24 de outubro de 2006

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Toda Mídia

Nelson de Sá

"Durante o governo FH"


Abel Pereira na Globo, na entrevista


Depois de um "monstro" de crimes sexuais, surgiu na escalada do "Jornal Nacional" a manchete:
- O empresário acusado de envolvimento com a máfia das sanguessugas durante o governo FH depõe à polícia.
Trata-se de Abel Pereira, que "é acusado de atuar na liberação de emendas durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, mas negou envolvimento".
A reportagem discorreu longamente sobre petistas e um novo dossiê, contra Aloizio Mercadante, sem menção a quaisquer outros tucanos além de "FH" e Barjas Negri. Mercadante se defendeu seguido pelo advogado de Luiz Antônio Vedoin, que não confirmou nem desmentiu a novidade de um segundo dossiê.

O ADESIVO CAIU
No primeiro lugar entre os "+ lidos" da Folha Online, no início da noite, "TSE proíbe distribuição de adesivos com "mão do presidente'". Era um destaque também em outros sites. No dizer do ministro Marcelo Ribeiro, o material "atenta contra a dignidade da pessoa humana, promovendo discriminação em razão de deficiência física".
E leitores questionaram a nota de ontem, nesta coluna. Para Eliana Maria dos Santos, de Curitiba, "reproduzir atos discriminatórios é no mínimo manter uma conivência com a discriminação" -e reforça "ainda mais o preconceito".

SEM FRONTEIRAS
O blog de mídia de Tiago Dória postou ontem sobre os finalistas do prêmio Bobs, Best of the Blogs, promovido pela alemã Deutsche Welle. A votação on-line vai até 11 de novembro, em incontáveis e confusas categorias.
O blog destacou a indicação, na categoria Repórteres Sem Fronteiras, para blogueiros perseguidos politicamente no globo, de Alcinéa Cavalcante. Seu site foi retirado do ar no Amapá, durante a campanha eleitoral de primeiro turno, "pelo Sarney". O favorito na premiação é Josh Wolf, que está preso nos EUA por não revelar a fonte de um "post".

BARRADOS

a2kbrasil.org.br/Reprodução


O blog americano Boing Boing, tido como o maior do mundo, noticiou que a entrevista coletiva concedida pela indústria fonográfica internacional, dias atrás, no Rio, censurou "uma delegação de professores da prestigiosa FGV". Eles tinham até autorização prévia, mas acabaram barrados no Copacabana Palace por "seguranças".
Explica-se: eles lançaram no mesmo dia um manifesto contra a ofensiva judicial das gravadoras contra a troca de arquivos on-line. A petição está no ar (logo acima) e pede mudança na lei de direitos autorais do país, "incompatível com os desenvolvimentos tecnológicos recentes".

UMA TRAMA
Por onde passa FHC, em jornais pelo mundo, Tarso Genro vem atrás.
Ontem, lá estava o ministro no espanhol "El País", com respostas ao ex-presidente, sob o título "Golpe político procura deslegitimar Lula". Fala em temor de "uma trama parecida com a das eleições de 89" e questiona FHC como "porta-voz dessa elite apeada do poder em 2002 por Lula" -e que se articularia com "meios de comunicação".

ULTIMATO
No site do "Wall Street Journal", uma reportagem sobre a expectativa brasileira de fechar, antes da eleição, um acordo com a Bolívia.
Foi depois de uma notícia do "Valor" de ontem, de que um enviado de Evo Morales "viajou secretamente e fez um ultimato". Segundo o "WSJ", o presidente boliviano, ontem em entrevista coletiva, negou a viagem do assessor. O tema, notou o site, é sensível para a campanha de Lula.

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@ - Nelson de Sá


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