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Bruni assiste a desfile em favela, elogia brasileiros e diz que quer voltar ao país
DA SUCURSAL DO RIO
Após ficar de costas para a
lagoa Rodrigo de Freitas e de
frente para a favela do Cantagalo, na zona sul do Rio, a primeira-dama da França, Carla
Bruni, elogiou os brasileiros e
afirmou querer voltar ao país
em viagem não-oficial.
Bruni subiu a favela de Ipanema sob forte esquema de
segurança para assistir à
apresentação de modelos
com vestidos inspirados em
plantas tropicais, promovido
pela associação Moda Fusion
-entidade franco-brasileira
que divulga as roupas produzidas nas favelas do Rio.
A cantora e ex-modelo, que
completou 41 anos ontem,
acompanhou o desfile de dez
modelos nascidas em favelas
sob um guarda-sol branco, ao
lado da passarela improvisada numa quadra poliesportiva. Sua cadeira estava de costas para a lagoa, uma das mais
belas vistas da cidade, e de
frente para a favela. Ela manteve em seu colo por quase todo o desfile Wendy Dantas da
Silva, 5, moradora do Cantagalo. Após algum tempo, a
menina chorou. "Queria o colo da minha mãe", explicou.
"Amo muito o Brasil, amo
muito o Rio. Só lamento que
seja tão pouco tempo [de visita]. Eu vou voltar, não em viagem oficial, para rever mais
calmamente tudo o que estão
me mostrando. [Os brasileiros] são pessoas muito diferentes, afetuosas e generosas", disse Bruni, em francês.
Sorrindo a maior parte do
tempo, emendou um "muito
obrigado" em português para
agradecer a elogios de Marco
Antônio de Carvalho, o Matu,
presidente da associação de
moradores da favela Pavão-Pavãozinho -uma extensão
da favela do Cantagalo.
Bruni foi recebida no espaço Criança Esperança pela
ex-modelo Luiza Brunet, por
d. Lily Marinho, viúva do ex-presidente das Organizações
Globo, Roberto Marinho, e
pela primeira-dama do Estado, Adriana Ancelmo. Ela recebeu rosas e ouviu "Parabéns para Você" cantado por
crianças do projeto. Em um
jardim, plantou uma muda de
pau-brasil. "Ela é de uma simplicidade impressionante. E
aproveita a sua posição para
divulgar e se engajar em campanhas sociais e humanitárias", disse Brunet.
Com o presidente Nicolas
Sarkozy, Bruni deixou o Copacabana Palace no início da
tarde -sob os gritos de "félicitacion" (parabéns, em francês) de pessoas na rua.
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