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Audiência nos EUA do casal da Renascer é prorrogada
Juiz acatou adiamento para a próxima segunda-feira
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
ENVIADO ESPECIAL A MIAMI
Um pedido da procuradoria
adiou para segunda-feira, às
10h (13h em Brasília), a primeira audiência dos líderes da
Igreja Apostólica Renascer em
Cristo, Estevam e Sonia Hernandes, na Justiça americana,
antes prevista para ontem.
Apesar de ter se reunido no
dia anterior, o júri popular ainda não decidiu se indicia o casal, pelas acusações de contrabando de dinheiro e depoimento falso à polícia, devido ao
grande volume de processos.
Pelo sistema processual
americano, a procuradoria tem
até 20 dias a partir do flagrante
para conseguir o indiciamento
dos suspeitos. O casal foi preso
no último dia 9 com US$ 56,5
mil não declarados à alfândega,
e supostamente mentiu sobre a
existência do valor.
Sob liberdade condicional, o
casal não apareceu no tribunal.
A advogada Susan van Dusen,
que representa a bispa, justificou a ausência dos dois e explicou o pedido da procuradoria
ao juiz Patrick A. White, que
concordou com o adiamento.
O indiciamento pelo júri popular nos EUA equivale ao juiz
aceitar ou não a denúncia do
Ministério Público no Brasil.
Vinte e cinco jurados ouvem a
versão do agente que flagrou o
suposto crime. Não há participação dos advogados de defesa.
O juiz pergunta se há evidências de que o delito tenha ocorrido. O júri responde individualmente "sim" ou "não".
Impedidos de deixar Miami,
os Hernandes estão em uma
mansão avaliada em US$ 1 milhão em Boca Ratón.
Segundo Barbara González,
porta-voz do serviço de controle de imigração e aduanas em
Miami, o casal está sob "vigilância intensiva". Ela diz não
poder confirmar o sistema de
monitoramento eletrônico
porque os termos da liberdade
condicional são sigilosos.
Luiz Flávio Borges D'Urso,
advogado de Estevam e de Sonia no Brasil, afirmou que o
adiamento está ligado "à falta
de convicção do promotor
americano sobre o crime que
teria sido cometido pelo casal".
Desde o dia da prisão do casal, D'Urso argumenta que seus
clientes foram vítimas de um
equívoco, que não tiveram a intenção de sonegar valores.
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