UOL

São Paulo, terça-feira, 25 de março de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Para Genoino, críticas envolvem "angústia natural"

DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente nacional do PT, José Genoino, disse ontem que João Paulo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, vive uma "angústia" com a pauta da Casa, o que seria "natural".
Na sexta-feira, João Paulo afirmou que o governo precisa definir melhor suas prioridades e está "batendo cabeça" na articulação política no Congresso. Genoino disse que conversou com o presidente da Câmara neste final de semana. Os dois disseram que o assunto está encerrado.
"Não quis e não quero agradar nem desagradar a ninguém. Quero é ajudar o Brasil. Está ultrapassado [o caso], vamos para frente", afirmou João Paulo, acrescentando que pretende colocar a PEC novamente em votação nesta semana. Segundo ele, o objetivo das críticas foi passar a idéia de que "o Brasil precisa andar".
Pouco depois de chegar à Câmara, o presidente da Casa se reuniu com os deputados Aldo Rebelo (PC do B-SP), líder do governo, e Nelson Pellegrino (PT-BA), líder do PT na Câmara. Na saída, o discurso foi o de que a estratégia de ação conjunta foi aperfeiçoada. "As cabeças agora estão todas alinhadas, não estão mais batendo", ironizou Pellegrino.
Os governistas pretendem hoje votar duas medidas provisórias que trancam a pauta a partir de quarta-feira e, amanhã, colocar em votação a PEC que possibilita a autonomia do Banco Central. Para isso, o governo precisa conseguir que a oposição colabore -hipótese menos provável- ou obter o apoio do PMDB, que reúne hoje seus deputados e, amanhã, seus senadores, para tentar tirar uma resolução de apoio formal ou não ao governo.
"Temos maioria para votar a PEC, mas vamos tentar uma negociação", afirma Rebelo.


Texto Anterior: Líderes discutirão reação a ataques
Próximo Texto: Paim diz que Lula "vacila" ao adiar reformas
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.