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PPS e PTB reforçarão coro de apoio a Serra
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois do PSDB, na semana
que vem o PPS e o PTB reforçarão
o coro pelo lançamento do prefeito de São Paulo, José Serra, ao governo do Estado. Com a anuência
de Serra, os dois partidos vão engrossar a romaria à prefeitura em
apoio à candidatura.
O encontro com o PTB já está
marcado. Encarregado da coordenação política da bancada, o
deputado federal Ricardo Izar
conversou ontem com Serra e se
apresentou como opção de vice.
Os dois programaram a audiência
para a semana que vem. Segundo
Izar, o apoio a Serra contemplaria
a maioria da bancada que, há cerca de dez dias, se reuniu para discutir sucessão no Estado.
A decisão foi de lançamento de
candidatura própria. Os nomes
cogitados foram o de Izar e o do
deputado Luiz Antônio Fleury Filho, dependendo da situação nas
pesquisas. "De repente, saiu a figura do Serra. Ficou estabelecido
isso: se o Serra for candidato, a
grande maioria, inclusive eu, vai
querer apoiá-lo. Conversei com o
Serra e na semana que vem a bancada irá visitá-lo e manifestar
apoio", disse Izar, chamando de
"maravilhosa" a receptividade de
Serra. "Ele diz que não decidiu,
mas gostou muito da idéia." Um
integrante do PPS diz que o partido fará o mesmo.
No ritual de aclamação antes
idealizado para a disputa presidencial, nove dos dez deputados
federais do PSDB de São Paulo foram ontem à sede da prefeitura,
declarar-lhe apoio. "Viemos pedir
que ele saia candidato ao governo
de São Paulo", afirmou Julio Semeghini após o encontro, que durou cerca de uma hora.
Segundo o deputado, Serra
agradeceu bastante o apoio. E,
questionado se estava em dúvida
sobre sua candidatura, afirmou:
"Não estou indeciso. Estou analisando a situação e o momento".
Embora ainda se declare indeciso, Serra fez perguntas aos deputados sobre a amplitude de uma
aliança no Estado. Ele detinha informações precisas. Quando os
tucanos se queixaram, por exemplo, do fato de o PFL ter lançado
poucos candidatos na eleição passada, debilitando a chapa, o secretário de Governo, Aloysio Nunes
Ferreira, alegou que, este ano, será
diferente graças ao trabalho do vice-prefeito, Gilberto Kassab.
Serra, então, afirmou que o PDT
sairá com cerca de 60 candidatos.
O prefeito também quis saber da
afinidade da bancada com o PPS,
PTB, PMDB e PSB. Segundo um
dos participantes, a discussão sobre oportunidade de alianças para
a Câmara consumiu quase 30 minutos. Serra também quis saber
da atuação dos pré-candidatos do
PT -a antecessora, Marta Suplicy, e o senador Aloizio Mercadante- no interior do Estado.
Segundo relato de Semeghini,
Mercadante se vale do prestígio
de líder do governo no Senado para garantir liberação de recursos
para asfaltamento no interior.
A Lobbe Neto, Serra fez perguntas sobre o desempenho do PT na
região de São Carlos, reduto eleitoral do deputado. Ligado ao vereador José Aníbal, Carlos Sampaio foi o único que faltou.
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