São Paulo, sábado, 25 de março de 2006

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PPS e PTB reforçarão coro de apoio a Serra

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois do PSDB, na semana que vem o PPS e o PTB reforçarão o coro pelo lançamento do prefeito de São Paulo, José Serra, ao governo do Estado. Com a anuência de Serra, os dois partidos vão engrossar a romaria à prefeitura em apoio à candidatura.
O encontro com o PTB já está marcado. Encarregado da coordenação política da bancada, o deputado federal Ricardo Izar conversou ontem com Serra e se apresentou como opção de vice. Os dois programaram a audiência para a semana que vem. Segundo Izar, o apoio a Serra contemplaria a maioria da bancada que, há cerca de dez dias, se reuniu para discutir sucessão no Estado.
A decisão foi de lançamento de candidatura própria. Os nomes cogitados foram o de Izar e o do deputado Luiz Antônio Fleury Filho, dependendo da situação nas pesquisas. "De repente, saiu a figura do Serra. Ficou estabelecido isso: se o Serra for candidato, a grande maioria, inclusive eu, vai querer apoiá-lo. Conversei com o Serra e na semana que vem a bancada irá visitá-lo e manifestar apoio", disse Izar, chamando de "maravilhosa" a receptividade de Serra. "Ele diz que não decidiu, mas gostou muito da idéia." Um integrante do PPS diz que o partido fará o mesmo.
No ritual de aclamação antes idealizado para a disputa presidencial, nove dos dez deputados federais do PSDB de São Paulo foram ontem à sede da prefeitura, declarar-lhe apoio. "Viemos pedir que ele saia candidato ao governo de São Paulo", afirmou Julio Semeghini após o encontro, que durou cerca de uma hora.
Segundo o deputado, Serra agradeceu bastante o apoio. E, questionado se estava em dúvida sobre sua candidatura, afirmou: "Não estou indeciso. Estou analisando a situação e o momento".
Embora ainda se declare indeciso, Serra fez perguntas aos deputados sobre a amplitude de uma aliança no Estado. Ele detinha informações precisas. Quando os tucanos se queixaram, por exemplo, do fato de o PFL ter lançado poucos candidatos na eleição passada, debilitando a chapa, o secretário de Governo, Aloysio Nunes Ferreira, alegou que, este ano, será diferente graças ao trabalho do vice-prefeito, Gilberto Kassab.
Serra, então, afirmou que o PDT sairá com cerca de 60 candidatos. O prefeito também quis saber da afinidade da bancada com o PPS, PTB, PMDB e PSB. Segundo um dos participantes, a discussão sobre oportunidade de alianças para a Câmara consumiu quase 30 minutos. Serra também quis saber da atuação dos pré-candidatos do PT -a antecessora, Marta Suplicy, e o senador Aloizio Mercadante- no interior do Estado.
Segundo relato de Semeghini, Mercadante se vale do prestígio de líder do governo no Senado para garantir liberação de recursos para asfaltamento no interior.
A Lobbe Neto, Serra fez perguntas sobre o desempenho do PT na região de São Carlos, reduto eleitoral do deputado. Ligado ao vereador José Aníbal, Carlos Sampaio foi o único que faltou.


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