São Paulo, quarta-feira, 25 de março de 2009

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MEMÓRIA

Elo com drogas foi argumento para cassar deputado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As atas das reuniões do Conselho de Segurança Nacional ocorridas durante a ditadura militar (1964-85), até então mantidas sob sigilo, revelam que até a suposta relação de políticos contrários ao regime com as drogas era utilizada como argumento para cassar mandatos.
Em reunião em 1970, no governo de Emílio Garrastazu Médici, o então secretário-geral do Conselho, João Baptista Figueiredo, argumenta que, além de subversivo, um deputado estadual do MDB do Rio deveria ser cassado por ser "muito ligado a um maconheiro e distribuidor da "erva maldita'". Segundo registros do SNI (Serviço Nacional de Informações), o deputado era "desonesto", "pistoleiro" e "aproveitador". Ele perdeu os direitos políticos e foi cassado por dez anos.
As atas do CSN, que vão de 1934 a 1988, foram liberadas pelo governo e estarão disponíveis a partir de hoje para consulta no Arquivo Nacional -inclusive pela internet, no site www.arquivonacional.gov.br.
No registro de numa reunião de julho de 1939, o presidente Getúlio Vargas prevê que a Segunda Guerra começaria em dois meses, o que de fato ocorreu. (LUCAS FERRAZ)

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