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MEMÓRIA
Elo com drogas foi argumento para cassar deputado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As atas das reuniões do
Conselho de Segurança
Nacional ocorridas durante a ditadura militar
(1964-85), até então mantidas sob sigilo, revelam
que até a suposta relação
de políticos contrários ao
regime com as drogas era
utilizada como argumento
para cassar mandatos.
Em reunião em 1970, no
governo de Emílio Garrastazu Médici, o então secretário-geral do Conselho,
João Baptista Figueiredo,
argumenta que, além de
subversivo, um deputado
estadual do MDB do Rio
deveria ser cassado por ser
"muito ligado a um maconheiro e distribuidor da
"erva maldita'". Segundo
registros do SNI (Serviço
Nacional de Informações),
o deputado era "desonesto", "pistoleiro" e "aproveitador". Ele perdeu os
direitos políticos e foi cassado por dez anos.
As atas do CSN, que vão
de 1934 a 1988, foram liberadas pelo governo e estarão disponíveis a partir de
hoje para consulta no Arquivo Nacional -inclusive
pela internet, no site
www.arquivonacional.gov.br.
No registro de numa
reunião de julho de 1939, o
presidente Getúlio Vargas
prevê que a Segunda
Guerra começaria em dois
meses, o que de fato ocorreu.
(LUCAS FERRAZ)
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