São Paulo, quarta-feira, 25 de março de 2009

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IMPRENSA

Polícia prende cinco suspeitos de jogar granadas em jornal

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

Cinco pessoas foram presas ontem de madrugada sob suspeita de envolvimento no atentado com granadas ocorrido em janeiro contra a sede da RAC (Rede Anhanguera de Comunicação), que edita o jornal "Correio Popular", em Campinas (93 km de SP).
Ninguém ficou ferido na ocasião. Os dois explosivos atirados não chegaram a explodir. Segundo a Polícia Civil, os detidos são ligados à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
A polícia apontou também o sequestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, 33, o Andinho, como mandante do atentado. Ele já estava preso e é ligado ao PCC, segundo as investigações policiais.
Ainda de acordo com a polícia, a mulher de Andinho, Luciene Bernardino Seixas, 33, foi presa sob suspeita de ter auxiliado no atentado.
Os detidos tiveram celulares interceptados e recebiam ordens e orientações de Andinho, de dentro da prisão, sobre como deveriam agir, segundo a polícia.
A ação contra a empresa ocorreu em 21 de janeiro, dia em que o jornal havia publicado reportagem com perfil de Andinho que citava seu casamento com Luciene, que aconteceu na cadeia.
Entre os presos, está a advogada Maria Odette de Moraes Haddad, que já defendeu integrantes do PCC, segundo a polícia. É suspeita de passar orientações por telefone aos envolvidos no caso.
Foram presos ainda André Augusto de Carvalho, 29, o "Pezão", apontado como o autor do arremesso das granadas, Jean Cléber Brito, 33, o "Bodão", suspeito de fornecer os explosivos e de ter acompanhado o crime, e Geise Aparecida Pires, 26, suspeita de ajudar no atentado.
Suelen Caroni Lopes, 27, que já estava presa, também estaria envolvida no crime.
O delegado Kléber Altale, diretor do Deinter 2 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), disse que Bodão -preso com uma arma com numeração raspada- foi o único que confessou em depoimento o seu envolvimento. "Investigamos a participação de mais pessoas."
A advogada presa disse que não queria se manifestar. A defesa de Bodão afirmou que ainda não havia tido acesso ao inquérito. A polícia não soube informar se os demais presos haviam constituído advogado até ontem à noite.
(MAURÍCIO SIMIONATO)


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