São Paulo, Quinta-feira, 25 de Março de 1999
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Auxiliar pede comparação

da Folha Campinas

O médico legista Antônio Francisco Bastos, chefe do IML (Instituto Médico Legal) de Campinas, disse ontem que a fotografia apresentada pela Folha nada pode provar se não tiver um fator que sirva de base para uma comparação.
Bastos foi "braço direito" de Fortunato Badan Palhares na época das investigações da morte de PC Farias e de sua namorada, Suzana Marcolino, e também assina o laudo oficial.
Ele afirmou que Suzana realmente tinha cerca de 1,67 m de altura. Em entrevista à Folha ontem, Bastos comentou tópicos contestados do laudo.

Terceira pessoa no quarto - Bastos disse que o laudo aponta que Suzana e PC teriam morrido entre 5h e 7h do dia 23 de junho de 96, e não por volta de 3h, como apontam os exames que foram feitos nos estômagos do casal. ""A análise dos alimentos no estômago não pode medir a hora da morte, pois há outros elementos mais importantes pelo qual nós baseamos o laudo", afirmou.

Sangue - O legista também alegou que acha lógica a não-existência de qualquer mancha de sangue no revólver que Suzana teria utilizado para se suicidar. "Obviamente não haveria sangue no revólver. O mecanismo de disparo provoca o lançamento do revólver em direção contrária à do corpo."

Digitais - Ele também afirmou que arma encontrada não possuía digitais possíveis de identificação porque o cabo era de uma superfície rugosa, que não possibilita a permanência de digitais. ""Foram encontrados borrões digitais na arma (no cabo e no gatilho), que não permitem a identificação", declarou ele.


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