São Paulo, terça-feira, 25 de abril de 2006

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"A família é humilde, ninguém tem dinheiro"

DA SUCURSAL DO RIO

Irmã do assaltante preso na Casa de Custódia Jorge Santana (Bangu), Noélia Rodrigues Ferreira disse crer que José Onésio foi usado como "laranja" dos verdadeiros donos da Virtual Line Projetos e Consultoria de Informática. Desconfiada, Noélia afirmou, inicialmente, que o irmão estava trabalhando. Depois, revelou que ele havia sido preso por assalto à mão armada. A seguir, trechos da rápida entrevista concedida por ela na porta de casa. (ST)
 

Folha - A senhora sabia que seu irmão fundou e foi sócio de uma firma que doou R$ 50 mil à candidatura Garotinho?
Noélia Rodrigues Ferreira -
Não, nunca ouvi falar disso.

Folha - Mas é verdade. O nome dele aparece na Junta Comercial.
Noélia -
Então só pode ter sido coisa de "laranja", sei lá. De onde ia sair tanto dinheiro? Você pode ver, a família é humilde, é pobre, ninguém tem dinheiro aqui.

Folha - Seu irmão tem conhecimento de informática?
Noélia -
Não, não tem não. Não sabe nada disso.

Folha - O que ele faz na vida?
Noélia -
Olha... Meu irmão está preso.

Folha - Que crime ele cometeu?
Noélia -
Quando era mais novo, um amigo chamou ele para um assalto, sabe. Agora ele está preso, mas o crime já prescreveu, ele vai ser solto. Tem um advogado cuidando disso para ele.

Folha - A senhora conhece Sarajane Aparecida Luz Costa, que seria a sócia dele na firma?
Noélia -
Ela é ex-mulher dele.

Folha - Sabe como localizá-la?
Noélia -
Lá em cima [e aponta para o alto da favela]. Ela mora em uma rua lá no alto.


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