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outro lado
Produto não era contrabando, diz petebista
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Por meio de sua assessoria, o senador Mozarildo
Cavalcanti (PTB-RR) reconheceu ter dado a ordem para que seu assessor
fosse de Boa Vista a Manaus para buscar a Kombi
recém-comprada por ele.
Segundo o senador, a
Kombi foi adquirida para
servir a seu escritório político, na capital do Estado.
O congressista disse que
o assessor decidiu dar carona ao ex-prefeito de Iracema Joaquim de Freitas
Ruiz sem sua autorização.
E que caixas foram identificadas pela inscrição
"Mozarildo" para que fossem postas corretamente
pelos funcionários da loja
na Kombi, identificada
com material de propaganda política do senador.
Ainda assim, Mozarildo
diz que a mercadoria não
era ilegal e que todas as
notas fiscais foram apresentadas depois. Sua assessoria entregou à Folha
cópias de pareceres da Receita pela liberação da
mercadoria e da Kombi.
Os técnicos da Receita
dizem que os produtos foram comprados em local
"ao que tudo indica regularmente estabelecido" e
que "presume-se (...) de
boa-fé a conduta".
A Procuradoria questiona esse entendimento e
diz que é necessária a
apresentação de comprovantes de pagamento de
imposto de importação.
O senador diz que, em
caso de suspeita de descaminho, a Justiça tem posição firmada de que não há
punição para casos de cifras inferiores a R$ 10 mil.
O ex-prefeito de Iracema
não foi localizado. À Procuradoria ele disse que os
produtos eram seus.
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