São Paulo, terça-feira, 25 de maio de 2004

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Ministério exonera mais 10 funcionários

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Saúde, Humberto Costa, determinou ontem a exoneração de mais dez funcionários da pasta, inclusive do diretor-executivo do Fundo Nacional de Saúde, Reginaldo Muniz Barreto. A medida, chamada pelo ministério de "preventiva", foi adotada devido a apurações da Polícia Federal sobre irregularidades em licitações para a compra de hemoderivados desde os anos 90.
O ministro também publica hoje uma portaria criando uma comissão interna de auditoria para avaliar todos os processos licitatórios realizados no ministério desde o início do ano passado.
A comissão terá 45 dias para apresentar um relatório.
Desde que a Operação Vampiro começou, na última quarta-feira, foram afastados de seus cargos 25 servidores da Saúde, inclusive o ex-coordenador-geral de Recursos Logísticos do ministério Luiz Cláudio Gomes da Silva, nomeado pelo ministro em agosto.
Em nota divulgada ontem, o Ministério da Saúde diz que a lista com oito dos dez funcionários exonerados será publicada hoje no "Diário Oficial" da União. Metade deles trabalhava na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e o restante, na pasta.
"É importante destacar que a exoneração dessas pessoas não significa o envolvimento delas com irregularidades, mas representa medida preventiva", afirma a nota do ministério.
O afastamento de Reginaldo Muniz Barreto foi publicado ontem no "Diário Oficial". Barreto foi exonerado por ter sido coordenador-geral de Recursos Logísticos até julho de 2003.
Antes disso, Barreto tinha sido secretário das Finanças da Prefeitura de Recife na atual administração do petista João Paulo. Ele exerceu o cargo de janeiro de 2001 a fevereiro de 2003.
Os caseiros da chácara assaltada na madrugada de sexta-feira passada, em Igarassu (31 km de Recife, PE), confirmaram ontem, em depoimento à polícia, que a propriedade pertence a Luiz Cláudio Gomes da Silva. (LUCIANA CONSTANTINO)


Colaborou a Agência Folha, em Pernambuco


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