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STO. ANDRÉ
Eles defenderam Braga
Promotoria é "eleitoreira", dizem deputados petistas
DA REPORTAGEM LOCAL
Deputados do PT, contrariados
com o desdobramento do caso
Celso Daniel, acusaram ontem o
Ministério Público de São Paulo
de agir com "malandragem" e de
forma "eleitoreira" ao tentar vincular o deputado estadual Donisete Braga (PT-SP) ao assassinato
do prefeito de Santo André.
"Se o Ministério Público quer
ser respeitado, não pode permitir
que membros do órgão atuem em
períodos eleitorais", disse o deputado Professor Luizinho (SP), líder do governo na Câmara.
Ele e o deputado estadual Cândido Vaccarezza pediram ao chefe do Ministério Público paulista,
Rodrigo Pinho, que "investigue"
a atuação dos promotores. "Eles
agiram de forma antiética e irresponsável. Não tinham atribuição
para investigar um deputado",
disse Vaccarezza.
Segundo o procurador-geral, há
"fortes indícios" da presença de
Braga na região em que Daniel foi
morto. Esses indícios, diz Pinho,
foram apenas repassados pelos
promotores, mas a investigação
será acompanhada por ele.
Sobre o termo "malandragem"
empregado por Vaccarezza, o
promotor Amaro Thomé Filho
diz "lamentar profundamente" a
manifestação do parlamentar.
Vaccarezza fez uma distinção
entre a situação do deputado e a
do empresário Sérgio Gomes da
Silva, um dos principais suspeitos
de ser o mandante do crime. "Coloco minha mão no fogo por Braga. No caso do Sérgio, fico com a
versão da polícia [de crime comum], mas isso é a Promotoria e
a Justiça que têm de decidir."
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