São Paulo, terça-feira, 25 de maio de 2004

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STO. ANDRÉ

Eles defenderam Braga

Promotoria é "eleitoreira", dizem deputados petistas

DA REPORTAGEM LOCAL

Deputados do PT, contrariados com o desdobramento do caso Celso Daniel, acusaram ontem o Ministério Público de São Paulo de agir com "malandragem" e de forma "eleitoreira" ao tentar vincular o deputado estadual Donisete Braga (PT-SP) ao assassinato do prefeito de Santo André.
"Se o Ministério Público quer ser respeitado, não pode permitir que membros do órgão atuem em períodos eleitorais", disse o deputado Professor Luizinho (SP), líder do governo na Câmara.
Ele e o deputado estadual Cândido Vaccarezza pediram ao chefe do Ministério Público paulista, Rodrigo Pinho, que "investigue" a atuação dos promotores. "Eles agiram de forma antiética e irresponsável. Não tinham atribuição para investigar um deputado", disse Vaccarezza.
Segundo o procurador-geral, há "fortes indícios" da presença de Braga na região em que Daniel foi morto. Esses indícios, diz Pinho, foram apenas repassados pelos promotores, mas a investigação será acompanhada por ele.
Sobre o termo "malandragem" empregado por Vaccarezza, o promotor Amaro Thomé Filho diz "lamentar profundamente" a manifestação do parlamentar.
Vaccarezza fez uma distinção entre a situação do deputado e a do empresário Sérgio Gomes da Silva, um dos principais suspeitos de ser o mandante do crime. "Coloco minha mão no fogo por Braga. No caso do Sérgio, fico com a versão da polícia [de crime comum], mas isso é a Promotoria e a Justiça que têm de decidir."


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