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Cúpula do PSB
vai pressionar
por desistência
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
A cúpula do PSB, em reunião
hoje, deverá pressionar o ex-governador do Rio Anthony Garotinho a desistir da disputa à Presidência. O principal argumento da
direção é que a candidatura vem
perdendo espaço, segundo pesquisas de opinião, o que está afastando aliados e novas adesões.
Setores do partido dizem que
até segunda-feira Garotinho poderá abandonar a candidatura.
"Isso não está fora de cogitação",
disse um integrante da Executiva.
O presidente do PSB, Miguel
Arraes, vai na contramão. Ontem
ele disse que os problemas são
"administráveis" e afastou a possibilidade de Garotinho desistir.
Com reduzidas perspectivas de
chegar ao segundo turno, a candidatura de Garotinho não está arrecadando dinheiro suficiente para cumprir o apoio prometido aos
candidatos aos governos estaduais, nem para manter sua própria estrutura de campanha. Insatisfeitos, alguns candidatos ameaçam desistir de disputar a eleição.
A candidata do PSB ao governo
baiano, Lídice da Mata, vai oficializar sua renúncia no próximo sábado. Lídice declarou que Garotinho não apóia as candidaturas
nos Estados e descumpre o programa partidário. "A campanha
dele é cada vez mais excludente,
mais exclusiva do segmento evangélico", afirmou. "Na política há
sempre o risco de a vaidade ultrapassar a inteligência, e temo que
isso possa estar acontecendo com
ele", disse Lídice sobre Garotinho.
A ex-prefeita de São Paulo Luiza
Erundina (PSB), que se reuniu
ontem em Recife com Lídice, disse que "já passou do tempo" de
Garotinho desistir. Para ela, a
campanha "não tem densidade
política" e o partido deveria liberar os diretórios estaduais para
que definissem os apoios mais
convenientes. Erundina acha que
o PSB errou ao "impor candidaturas "laranjas'" nos Estados: "São
Paulo não tem candidatura majoritária. Garotinho não tem presença nenhuma na disputa".
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