DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Além de irem para as eleições com 31% a mais de candidatos do que em 2000, os oito maiores partidos aliados ao governo passaram nos últimos anos por um processo de "engorda" que dispensou o uso das urnas.
O troca-troca partidário fez com que boa parte da oposição encolhesse legendas, o que levou os governistas a ter hoje mais que o dobro de prefeitos e vereadores que elegeram no último pleito municipal.
Mais uma vez, o maior crescimento proporcional se dá no PC do B, que possui dois ministros no governo Luiz Inácio Lula da Silva, apesar de ser a quarta menor bancada da Câmara.
Os comunistas elegeram em 2000 apenas a prefeita de Olinda (PE), Luciana Santos, mas hoje já contam com sete prefeituras. Seus vereadores, 149 eleitos, mais que dobraram e, atualmente, são 305.
"De uns dois anos para cá, o partido está em expansão, está se interiorizando, mas devido a isso mesmo estabelecemos um rigor maior para a filiação, o sujeito tem que aceitar e estar afinado com o nosso conteúdo programático", diz o presidente do PC do B, Renato Rabelo.
Outro que é hoje bem mais robusto nos municípios é o PL, partido do vice-presidente José Alencar. Do resultado das eleições de 2000 até hoje, o partido elevou em 70% o seu número de prefeitos (de 234 para 398) e em 44% o de vereadores.
O também governista PPS, de Ciro Gomes (Integração Nacional), saiu das urnas com a administração de 165 cidades e com 2.569 vereadores. Hoje têm 53% de prefeitos a mais, 253, e elevou o número de vereadores em 22%.
A oposição só tem perdas a contabilizar, a exceção do PFL, que assegura ter hoje um número de prefeitos e vereadores similar ao que elegeu. O PSDB diz ter elevado timidamente o contingente de prefeitos (de 991 para 1.005), mas reconhece ter perdido 18% dos vereadores -queda de 8.514 para 7.000.
Já o PDT perdeu prefeitos e vereadores. Em 2000, obteve a administração de 288 cidades; hoje possui 240. Seus 3.766 prefeitos eleitos se reduziram a cerca de 2.700. (RB)


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