São Paulo, Domingo, 25 de Julho de 1999
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Queixas sobre estagnação vão de estrutura fundiária a Mercosul

do enviado especial a Pelotas (RS)

O Mercosul, os juros, o modelo que não resistiu à abertura da economia, a estrutura fundiária, o tabelamento dos preços dos produtos agrícolas, mantidos artificialmente baixos.
Um rosário de queixas compõe o leque de explicações para a estagnação econômica da metade sul do Rio Grande do Sul.
O diagnóstico do governo Olívio Dutra (PT) é que a concentração de terras nas mãos de poucos proprietários e o atraso no processo de industrialização são o motivo da crise.
Para o coordenador do Gabinete da Metade Sul, Luiz Henrique Schu, ligado à Secretaria de Planejamento do Estado, as relações de fronteira também desgastaram a região com a implantação do Mercosul.
Segundo Schu, os prejuízos foram impostos a partir dos acordos multilaterais com os países vizinhos, firmados pela ótica dos interesses de grandes indústrias e do setor financeiro localizados no centro do país.
O deputado Fetter Junior (PPB-RS), que estuda há anos a crise da metade sul, discorda da tese de que a estrutura fundiária tenha gerado problemas, já que 86% das propriedades na região têm área inferior a 50 hectares.
Para Fetter, a partir da Revolução de 1930, teria ocorrido a concentração de investimentos no centro do país, com uma política de proteção dos grandes complexos industriais. (LV)



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