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Queixas sobre estagnação vão de estrutura fundiária a Mercosul
do enviado especial a Pelotas (RS)
O Mercosul, os juros, o modelo
que não resistiu à abertura da economia, a estrutura fundiária, o tabelamento dos preços dos produtos agrícolas, mantidos artificialmente baixos.
Um rosário de queixas compõe
o leque de explicações para a estagnação econômica da metade
sul do Rio Grande do Sul.
O diagnóstico do governo Olívio Dutra (PT) é que a concentração de terras nas mãos de poucos
proprietários e o atraso no processo de industrialização são o
motivo da crise.
Para o coordenador do Gabinete da Metade Sul, Luiz Henrique
Schu, ligado à Secretaria de Planejamento do Estado, as relações de
fronteira também desgastaram a
região com a implantação do
Mercosul.
Segundo Schu, os prejuízos foram impostos a partir dos acordos multilaterais com os países vizinhos, firmados pela ótica dos
interesses de grandes indústrias e
do setor financeiro localizados no
centro do país.
O deputado Fetter Junior (PPB-RS), que estuda há anos a crise da
metade sul, discorda da tese de
que a estrutura fundiária tenha
gerado problemas, já que 86% das
propriedades na região têm área
inferior a 50 hectares.
Para Fetter, a partir da Revolução de 1930, teria ocorrido a concentração de investimentos no
centro do país, com uma política
de proteção dos grandes complexos industriais.
(LV)
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