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Prioridade de
governistas é
aprovar projeto
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A principal preocupação dos líderes da base aliada no Senado
nesta semana de esforço concentrado será resolver as divergências
em torno do projeto das PPPs
(Parcerias Público-Privadas), que
é considerado essencial para
atrair investimentos para o setor
de infra-estrutura.
Foi feito um quadro comparativo entre a proposta do governo
federal e as parcerias público-privadas que são adotadas em São
Paulo, Minas Gerais e Goiás -Estados que são governados pelo
oposicionista PSDB.
O resultado é que os modelos
são muito semelhantes, na avaliação dos governistas.
A oposição tem afirmado que as
divergências são de mérito, mas
os governistas insistem que a resistência em votar o projeto tem
motivações políticas, de olho nas
eleições municipais que ocorrerão em outubro deste ano.
Senadores do PSDB e do PFL
afirmam, entre outras coisas, que
o texto, do jeito que está, desrespeita a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).
Estratégia
O objetivo do governo com a divulgação do quadro comparativo
é criar um constrangimento para
a oposição, sustentando que ela
está agindo politicamente ao barrar um projeto considerado importante para o país.
Outra estratégia é incentivar os
empresários a pressionarem o
Congresso para que o texto seja
votado logo.
"Jamais votaríamos assodadamente e sem uma negociação
transparente uma matéria que vai
estabelecer um marco institucional para 30 anos, 40 anos. A disposição do governo é aprofundar
a discussão e aprimorar o projeto", declarou o líder do governo
no Senado, o petista Aloizio Mercadante (SP).
O senador Tasso Jereissati
(PSDB-CE), um dos principais
críticos do projeto, questionou a
real disposição do governo para
negociar.
"Aqui nesta Casa, concretamente, não houve disposição para
discutir o assunto. O [ministro
Guido] Mantega [Planejamento]
já negou todas as nossas propostas", afirmou ele.
Sobre o quadro comparativo
que apontaria 90% de semelhança
entre o PPP federal e os de governos tucanos, Jereissati disse que
quer "discutir os 10% do projeto
que são diferentes".
Os líderes do governo na Câmara avaliaram que será muito difícil
a Casa votar nesta semana os dois
projetos considerados prioritários pelo Palácio do Planalto -o
da Lei de Falências e o que estabelece as novas regras para o funcionamento das agências reguladoras no país.
Não há acordo entre os partidos
acerca de vários pontos desses
dois projetos. Além disso, a oposição, contrariada devido a diversas
ações do governo federal, usava
ontem recursos regimentais para
tentar obstruir as votações no
Congresso.
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