São Paulo, quarta-feira, 25 de agosto de 2004

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BC SOB PRESSÃO

Governo não envia membro ao Congresso

Comissão analisa MP dada a Meirelles

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em uma demonstração de que não pretende dar trégua ao governo na discussão da medida provisória que dá status de ministro ao presidente do Banco Central, a oposição tentou ontem novamente instalar no Congresso a comissão mista para tratar do tema. Devido à ausência do governo, que não enviou representantes, a comissão deixou de ser instalada por falta de quórum.
Nem por isso representantes do PSDB e do PFL deixaram de abrir sessão "simbólica", dominada por ataques ao governo, e de convidar os ministros Antonio Palocci (Fazenda) e Henrique Meirelles (BC) para prestar esclarecimentos.
No último dia 13, o governo editou a MP, que teve o objetivo de dar foro especial a Meirelles. "É de estranhar a ausência do governo em uma matéria dessa relevância", afirmou o senador Arthur Virgílio (AM), líder da bancada do PSDB.
O governo deve continuar ausente da comissão, o que levará a MP diretamente para o plenário da Câmara. "De 202 MPs que tramitaram aqui, só a do salário mínimo teve comissão instalada", disse Aloizio Mercadante (PT-SP), líder do governo no Senado.
Foram divulgadas ontem também as emendas à MP. Uma, do ex-líder do governo na Câmara, Miro Teixeira (PPS-RJ), estende o foro privilegiado dos ex-presidentes do BC. Outra, do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), devolve o mandato de deputado federal a Meirelles.


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