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BC SOB PRESSÃO
Governo não envia membro ao Congresso
Comissão analisa MP dada a Meirelles
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em uma demonstração de
que não pretende dar trégua ao
governo na discussão da medida provisória que dá status de
ministro ao presidente do Banco Central, a oposição tentou
ontem novamente instalar no
Congresso a comissão mista
para tratar do tema. Devido à
ausência do governo, que não
enviou representantes, a comissão deixou de ser instalada
por falta de quórum.
Nem por isso representantes
do PSDB e do PFL deixaram de
abrir sessão "simbólica", dominada por ataques ao governo, e de convidar os ministros
Antonio Palocci (Fazenda) e
Henrique Meirelles (BC) para
prestar esclarecimentos.
No último dia 13, o governo
editou a MP, que teve o objetivo de dar foro especial a Meirelles. "É de estranhar a ausência
do governo em uma matéria
dessa relevância", afirmou o
senador Arthur Virgílio (AM),
líder da bancada do PSDB.
O governo deve continuar
ausente da comissão, o que levará a MP diretamente para o
plenário da Câmara. "De 202
MPs que tramitaram aqui, só a
do salário mínimo teve comissão instalada", disse Aloizio
Mercadante (PT-SP), líder do
governo no Senado.
Foram divulgadas ontem
também as emendas à MP.
Uma, do ex-líder do governo
na Câmara, Miro Teixeira
(PPS-RJ), estende o foro privilegiado dos ex-presidentes do
BC. Outra, do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), devolve o mandato de deputado federal a Meirelles.
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