São Paulo, sábado, 25 de agosto de 2007

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Eros Grau diz atuar de forma independente

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Alvo de diálogos de colegas que sugerem um suposto alinhamento seu a interesses do governo, o ministro do Supremo Eros Grau leu em plenário um manifesto em que ataca a imprensa e diz atuar de forma independente.
"A sociedade e mesmo a imprensa não o sabem, mas o magistrado independente é autêntico defensor de ambos."
A edição de anteontem do jornal "O Globo" trouxe divulgação de mensagens instantâneas trocadas pelos ministros Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia durante a primeira sessão de análise do mensalão, na quarta-feira. Nelas, há comentários que chegam a sugerir uma relação entre o voto de ministros e a nova indicação do governo para a vaga deixada por Sepúlveda Pertence.
Cármen teria dito a Lewandowski: "Me foi dito pelo Cupido [Eros Grau] que vai votar pelo não recebimento da den. [denúncia] entendeu?". Ele responde: "Ah. Agora, sim. Isso só corrobora que houve uma troca. Isso quer dizer que o resultado desse julgamento era realmente importante". A suspeita levantada é que Eros Grau comporia grupo de ministros favorável à indicação, por Lula, de um determinado ministro do STJ.
Eros Grau, indicado por Lula, disse que a imprensa "inúmeras vezes" infla "arroubos emocionais da sociedade" e criticou tribunais erguidos a partir da "premissa de que todos são culpados até prova em contrário".


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