São Paulo, domingo, 25 de setembro de 2005

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PERSONALIDADE

Corpo de ativista político será cremado hoje

Velório de Apolônio reúne líderes da esquerda; Lula não comparece

LUCIANA BRAFMAN
DA SUCURSAL DO RIO

TALITA FIGUEIREDO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O corpo do ativista político Apolônio de Carvalho, um dos fundadores do PT, será cremado hoje às 11h no cemitério do Caju (zona norte do Rio). Ontem, durante o velório, a economista Maria da Conceição Tavares disse que achava que ele "continuava animado", apesar da crise petista. "Para ele, qualquer derrota era temporária", disse a economista.
"Intelectual e economista tem sempre um lado pessimista. A gente olha e diz que está difícil. O Apolônio tinha uma grande vantagem, ele era um humanista."
Esperado ontem à tarde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não esteve no velório. O filho de Apolônio, Renê Luiz de Carvalho, disse que o presidente falou por telefone, na última quarta-feira, com seu pai e desejou que ele se recuperasse logo.
O deputado federal Chico Alencar (PT-RJ) era um dos mais emocionados e recorreu à poesia. Disse que "o Brasil não pode ser apenas o país do Robinho, do Rubinho [Barrichello], das top models e da roubalheira, tem que ser um Carvalho de raízes fundas, tem que ser Apolônio".
O documentarista Luiz Carlos Prestes Filho foi um dos primeiros a chegar ao velório. "Com a morte dele, o país perde a vitalidade, a energia dos movimentos sociais. Sua trajetória é o fio da história das primeiras lutas operárias até hoje", afirmou.
O velório de Apolônio de Carvalho aconteceu no salão Ari Barroso do Palácio Pedro Ernesto, no centro do Rio, onde funciona a Câmara dos Vereadores.
Também estiveram no velório o ex-ministro Francisco Weffort, Anita Leocádia Prestes, filha de Luís Carlos Prestes, Vladimir Palmeira e o presidente do PT do Rio, Gilberto Palmares, entre outros parlamentares do partido.
O velório foi encerrado ao som da Internacional Socialista e com uma salva de palmas de cerca de um minuto.


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