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PERSONALIDADE
Corpo de ativista político será cremado hoje
Velório de Apolônio reúne líderes da esquerda; Lula não comparece
LUCIANA BRAFMAN
DA SUCURSAL DO RIO
TALITA FIGUEIREDO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O corpo do ativista político
Apolônio de Carvalho, um dos
fundadores do PT, será cremado
hoje às 11h no cemitério do Caju
(zona norte do Rio). Ontem, durante o velório, a economista Maria da Conceição Tavares disse
que achava que ele "continuava
animado", apesar da crise petista.
"Para ele, qualquer derrota era
temporária", disse a economista.
"Intelectual e economista tem
sempre um lado pessimista. A
gente olha e diz que está difícil. O
Apolônio tinha uma grande vantagem, ele era um humanista."
Esperado ontem à tarde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
não esteve no velório. O filho de
Apolônio, Renê Luiz de Carvalho,
disse que o presidente falou por
telefone, na última quarta-feira,
com seu pai e desejou que ele se
recuperasse logo.
O deputado federal Chico Alencar (PT-RJ) era um dos mais emocionados e recorreu à poesia. Disse que "o Brasil não pode ser apenas o país do Robinho, do Rubinho [Barrichello], das top models
e da roubalheira, tem que ser um
Carvalho de raízes fundas, tem
que ser Apolônio".
O documentarista Luiz Carlos
Prestes Filho foi um dos primeiros a chegar ao velório. "Com a
morte dele, o país perde a vitalidade, a energia dos movimentos sociais. Sua trajetória é o fio da história das primeiras lutas operárias
até hoje", afirmou.
O velório de Apolônio de Carvalho aconteceu no salão Ari Barroso do Palácio Pedro Ernesto, no
centro do Rio, onde funciona a
Câmara dos Vereadores.
Também estiveram no velório o
ex-ministro Francisco Weffort,
Anita Leocádia Prestes, filha de
Luís Carlos Prestes, Vladimir Palmeira e o presidente do PT do
Rio, Gilberto Palmares, entre outros parlamentares do partido.
O velório foi encerrado ao som
da Internacional Socialista e com
uma salva de palmas de cerca de
um minuto.
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