São Paulo, segunda-feira, 25 de outubro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

OUTRO LADO

Advogado diz que métodos estão na "legalidade"

DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado dos diretores da Kroll no Brasil, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, disse que os métodos de investigação da empresa foram "estritamente dentro da legalidade".
Segundo o advogado, a atividade da Kroll "é legalizada e funciona normalmente em vários países". "Nunca se soube de nenhuma ilicitude", disse Mariz. Sobre o alegado uso de fontes em órgãos públicos e ex-funcionários de empresas privadas durante a investigação, o advogado disse que não poderia fazer comentários específicos porque não havia analisado os arquivos sobre a operação.
De acordo com o advogado, nenhum diretor da empresa no Brasil foi, até o momento, intimado pela Polícia Federal a prestar esclarecimentos sobre o caso.
A Brasil Telecom, que contratou a Kroll, repetiu à Folha uma mesma nota divulgada pela empresa em julho último. Eis a íntegra da nota:
"1) A exemplo do governo federal, que contratou a Kroll para apurar o caso Finep [Financiadora de Estudos e Projetos] quando sentiu seus direitos lesados, a Brasil Telecom contratou a mesma agência com vistas a investigar a atuação da Telecom Itália, suas práticas e a inter-relação com os negócios da Brasil Telecom.
2) A pauta adotada pela Kroll na realização do objeto contratado foi definida pela própria agência de investigação.
3) A Brasil Telecom, em momento algum, contratou serviços com vistas à divulgação de quaisquer informações com propósito de prejudicar a imagem e interesse de partes não relacionadas.
4) A Brasil Telecom informa que até o presente momento não se valeu de qualquer informação obtida pela Kroll.
5) Além da divulgação ilegal e indevida dos resultados não conclusos, a Kroll já informou que os dados divulgados foram obtidos de forma ilícita, foram adulterados e só vêm servindo para alimentar intrigas que, certamente, interessam a propósitos inconfessáveis". (RV)


Texto Anterior: Espionagem: Kroll usou ex-executivos para investigar empresas e governo
Próximo Texto: Espião se disfarçou de consultor
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.