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ROLO TRIBUTÁRIO
Texto sai do Senado
João Paulo diz que pode votar "nova tributária"
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O presidente da Câmara dos
Deputados, João Paulo Cunha
(PT-SP), disse ontem que as mudanças que os senadores fizerem
no texto da reforma tributária, se
forem muito diferentes do aprovado pela Câmara, farão com que
a matéria seja tratada pelos deputados "como uma nova reforma"
quando retornar à Câmara.
"O núcleo do que foi aprovado
na Câmara nesta primeira fase vai
ser aprovado também [no Senado]. Não vai voltar para a Câmara
a reforma toda. Vai aprovar uma
parte e promulgar. A outra parte
continua no Senado, e aquilo que
for muito diferente volta para a
Câmara. E aí, [sendo] muito diferente, nós vamos tratar como
uma nova reforma."
Assim, João Paulo mostra mais
uma vez seu descontentamento
com as modificações profundas
que o Senado tenta fazer no texto.
Logo que a reforma tributária foi
aprovada pela Câmara e seguiu
para o Senado, ele declarou que a
melhor reforma é a aprovada pela
Câmara e que, portanto, seria um
"erro" o Senado modificá-la.
João Paulo, que foi a Belo Horizonte receber o título de cidadão
honorário, não explicou o que seria essa "nova reforma". Questionado se estava se referindo a um
novo fatiamento da reforma, respondeu: "Não sei".
A seu lado, o deputado Virgílio
Guimarães (PT-MG), relator da
matéria na Câmara, completou:
"Isso é o Senado, né?".
Previdência
Sobre a outra reforma em tramitação, a da Previdência, João
Paulo disse que a decisão de ontem acertada pelo líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), com o governador
Germano Rigotto (PMDB-RS) foi
"a melhor para o Brasil".
O acordo mantém o subteto salarial dos três Poderes de acordo
com o texto aprovado na Câmara,
mas abre uma alternativa para
que haja uma solução para os Estados que temem o achatamento
dos salários dos servidores.
Ao lado de João Paulo, no Palácio da Liberdade, sede do governo
mineiro, o governador Aécio Neves (PSDB) comemorou o acordo
na reforma da Previdência: "Foi a
vitória da tese da racionalidade".
Aécio Neves, que vinha criticando a tentativa de deixar apenas
para os Estados a definição dos
subtetos, disse que está disposto a
ajudar Rigotto a resolver o "impasse" no Rio Grande do Sul: "O
Rigotto tem toda a nossa solidariedade", declarou.
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