São Paulo, terça-feira, 25 de novembro de 2003

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Crescimento não será sustentado, afirma oposição

DA REPORTAGEM LOCAL

A economia do país pode crescer de 4% a 4,5% do PIB em 2004, mas não o fará de forma sustentada, o que permitiria a repetição de taxas semelhantes. A avaliação é de economistas que participaram da 4ª Semana Sérgio Motta, ontem, em São Paulo.
O economista José Roberto Mendonça de Barros, coordenador da mesa "O Desafio do Crescimento", resumiu o consenso entre os economistas Gilberto Dupas, Paulo Rabello de Castro e Yoshiaki Nakano:
1) a estabilização da moeda não leva o país necessariamente ao desenvolvimento, como defendia o governo FHC em 1995;
2) o país não crescerá se a exportação não for uma prioridade absoluta;
3) é uma armadilha fiscal a combinação de taxas de juros altas com a consequente ampliação da dívida pública e a necessidade de maior superávit fiscal.
Dupas afirmou que o governo de FHC perdeu e o de Lula está perdendo a chance de "fazer uma ampla barganha com as empresas transnacionais" para encontrar área de interesses comuns à geração de empregos e ao aumento de investimentos.
Castro disse que não há um projeto econômico de governo nem meta de crescimento na gestão Lula. Para Nakano, a saída à política econômica é o "corte de gastos do governo em despesas correntes e colocar o câmbio no lugar certo por intervenções no mercado, utilizando as reservas cambiais".


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