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EM LONDRES
Ministro pede investigação sobre o grampo
Malan diz que edital
deveria ser explícito
ISABEL CLEMENTE
de Londres
O ministro Pedro Malan (Fazenda) disse ontem, em Londres, que,
se ele fosse redigir o edital da privatização do Sistema Telebrás, teria deixado claro que queria a participação de operadores de telecomunicações nos consórcios participantes.
O comentário foi feito quando o
ministro foi questionado se a intenção do governo de estimular a
concorrência nos leilões em questão, conforme explicações do ministro demissionário Luiz Carlos
Mendonça de Barros (Comunicações), não deveria estar prevista na
lei.
²
Grampo
O ministro da Fazenda disse que
essa discussão, no entanto, não faz
mais sentido. O ministro defendeu
que as investigações sobre os autores dos grampos telefônicos antes
do leilão de privatização da Telebrás cheguem ao fim, com a identificação dos mesmos porque se trata de um crime.
"Não há possibilidade de setor
público de nenhum país do mundo
funcionar gravando-se as conversas dos seus servidores, embora
haja pessoas que achem que isso
possa ser interessante", disse Malan.
Sobre os pedidos de demissão
dos irmãos José Roberto (Câmara
de Comércio Exterior) e Luiz Carlos Mendonça de Barros (ministro
das Comunicações) e de André Lara Resende (presidente do
BNDES), Malan voltou a afirmar
que o episódio das renúncias é
"muito ruim para o país, que perdeu colaboradores importantes",
mas que não afetará o processo das
privatizações.
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