São Paulo, quarta, 25 de novembro de 1998

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EM LONDRES
Ministro pede investigação sobre o grampo
Malan diz que edital deveria ser explícito

ISABEL CLEMENTE
de Londres

O ministro Pedro Malan (Fazenda) disse ontem, em Londres, que, se ele fosse redigir o edital da privatização do Sistema Telebrás, teria deixado claro que queria a participação de operadores de telecomunicações nos consórcios participantes.
O comentário foi feito quando o ministro foi questionado se a intenção do governo de estimular a concorrência nos leilões em questão, conforme explicações do ministro demissionário Luiz Carlos Mendonça de Barros (Comunicações), não deveria estar prevista na lei.
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Grampo
O ministro da Fazenda disse que essa discussão, no entanto, não faz mais sentido. O ministro defendeu que as investigações sobre os autores dos grampos telefônicos antes do leilão de privatização da Telebrás cheguem ao fim, com a identificação dos mesmos porque se trata de um crime.
"Não há possibilidade de setor público de nenhum país do mundo funcionar gravando-se as conversas dos seus servidores, embora haja pessoas que achem que isso possa ser interessante", disse Malan.
Sobre os pedidos de demissão dos irmãos José Roberto (Câmara de Comércio Exterior) e Luiz Carlos Mendonça de Barros (ministro das Comunicações) e de André Lara Resende (presidente do BNDES), Malan voltou a afirmar que o episódio das renúncias é "muito ruim para o país, que perdeu colaboradores importantes", mas que não afetará o processo das privatizações.



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