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Diretor do Banco do Brasil não pediu demissão, diz Ximenes
da Reportagem Local
O presidente do Banco do Brasil,
Paulo César Ximenes, disse ontem
que o diretor da área internacional
da instituição, Ricardo Sérgio de
Oliveira, não está demissionário.
Pelo menos, por enquanto.
Ximenes elogiou a atuação de Ricardo Sérgio no banco, mas, ao ser
indagado sobre a permanência dele no cargo, foi dúbio. "Todos nós,
que somos funcionários públicos,
não somos, nós estamos. Enquanto tivermos a confiança do presidente e do ministro da Fazenda,
estamos", disse.
O diretor do BB é um dos personagens do caso do grampo no
BNDES. Outros envolvidos, como
Luiz Carlos Mendonça de Barros e
André Lara Resende, saíram do
governo. Mendonça de Barros deixou o ministério das Comunicações e Lara Resende saiu da presidência do BNDES.
Ximenes disse que não gostaria
que Ricardo Sérgio deixasse o banco. Segundo ele, o diretor não fez
nada de errado no processo de privatização da Telebrás.
"Ele usou e abusou de palavras
que não condizem com a realidade. Se o Banco do Brasil tivesse feito tudo aquilo, aí não era para tirar
só o Ricardo Sérgio, mas todo
mundo", afirmou.
Nas conversas gravadas, Ricardo
Sérgio diz a Mendonça de Barros
que o BB estava operando no "limite da irresponsabilidade" ao dar
cartas de fianças a consórcios que
participaram da privatização.
Para Ximenes, os envolvidos no
caso agiram para ajudar o governo. "Eu acho que os fins justificam
os meios que eu acredito que eles
usaram". O presidente do BB contou que Ricardo Sérgio está "debilitado com todo esse negócio".
Mas não quis adiantar se ele quer
deixar o cargo. "Como a nossa
conversa não foi gravada, ele não
me autorizou a dizer o que pensa".
Ricardo Sérgio foi o único diretor do BB a não comparecer à cerimônia de entrega de um prêmio ao
banco, realizada ontem na Associação Comercial de São Paulo. Ele
está na cidade desde anteontem.
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