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REFORMA
Nomes definitivos sairão após votação do ajuste
Substituições ficam para depois, diz FHC
da Sucursal de Brasília
O presidente
Fernando Henrique Cardoso
avisou ontem a
seus aliados que
a substituição
definitiva de
seus auxiliares
demitidos por causa da escuta telefônica acontecerá apenas depois
da votação do ajuste fiscal, que deve ser encerrada apenas em janeiro.
Os líderes foram informados ainda que a reforma ministerial para o
segundo mandato será mais ampla
do que estava previsto inicialmente. Além do Ministério da Produção, será criado o Ministério do
Desenvolvimento Urbano. A pasta
da Educação perderá o controle
sobre as universidades federais,
que serão transferidas para o Ministério da Ciência e Tecnologia.
A idéia de FHC é negociar as mudanças em seu ministério no mesmo momento em que for negociada a reeleição do senador Antonio
Carlos Magalhães (PFL-BA) e do
deputado Michel Temer (PMDB-SP) para as presidências do Senado
e da Câmara, respectivamente.
Ao jogar a nomeação definitiva
dos novos auxiliares para fevereiro, o objetivo do presidente é acabar com as disputas internas na
base aliada que poderiam inviabilizar a votação do ajuste fiscal,
principalmente da CPMF (o imposto dos cheques).
Ontem, o porta-voz da Presidência, Sergio Amaral, confirmou que
FHC vai nomear o secretário-executivo Juarez Quadros interinamente para o Ministério das Comunicações, vago com a saída de
Luiz Carlos Mendonça de Barros.
No BNDES, assume interinamente o vice-presidente Pio Borges, que também está demissionário. Borges substituirá André Lara
Resende.
O porta-voz afirmou que FHC
ainda não definiu se vai nomear
um interino para assumir a Secretaria Executiva da Camex, que era
ocupada por José Roberto Mendonça de Barros, irmão de Luiz
Carlos, que também se demitiu.
Segundo ele, a dúvida é causada
pela falta de uma "rotina burocrática".
Por ser uma "instância de articulação", poderia aguardar mais
tempo a nomeação de um titular.
O ministro-chefe da Casa Civil,
Clóvis Carvalho, poderá acumular
o comando da Camex. Outro nome lembrado para acumular a área
é o do ministro da Indústria, do
Comércio e do Turismo, José Botafogo Gonçalves.
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