São Paulo, quarta, 25 de novembro de 1998

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REFORMA
Nomes definitivos sairão após votação do ajuste
Substituições ficam para depois, diz FHC

da Sucursal de Brasília


O presidente Fernando Henrique Cardoso avisou ontem a seus aliados que a substituição definitiva de seus auxiliares demitidos por causa da escuta telefônica acontecerá apenas depois da votação do ajuste fiscal, que deve ser encerrada apenas em janeiro.
Os líderes foram informados ainda que a reforma ministerial para o segundo mandato será mais ampla do que estava previsto inicialmente. Além do Ministério da Produção, será criado o Ministério do Desenvolvimento Urbano. A pasta da Educação perderá o controle sobre as universidades federais, que serão transferidas para o Ministério da Ciência e Tecnologia.
A idéia de FHC é negociar as mudanças em seu ministério no mesmo momento em que for negociada a reeleição do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e do deputado Michel Temer (PMDB-SP) para as presidências do Senado e da Câmara, respectivamente.
Ao jogar a nomeação definitiva dos novos auxiliares para fevereiro, o objetivo do presidente é acabar com as disputas internas na base aliada que poderiam inviabilizar a votação do ajuste fiscal, principalmente da CPMF (o imposto dos cheques).
Ontem, o porta-voz da Presidência, Sergio Amaral, confirmou que FHC vai nomear o secretário-executivo Juarez Quadros interinamente para o Ministério das Comunicações, vago com a saída de Luiz Carlos Mendonça de Barros.
No BNDES, assume interinamente o vice-presidente Pio Borges, que também está demissionário. Borges substituirá André Lara Resende.
O porta-voz afirmou que FHC ainda não definiu se vai nomear um interino para assumir a Secretaria Executiva da Camex, que era ocupada por José Roberto Mendonça de Barros, irmão de Luiz Carlos, que também se demitiu.
Segundo ele, a dúvida é causada pela falta de uma "rotina burocrática".
Por ser uma "instância de articulação", poderia aguardar mais tempo a nomeação de um titular.
O ministro-chefe da Casa Civil, Clóvis Carvalho, poderá acumular o comando da Camex. Outro nome lembrado para acumular a área é o do ministro da Indústria, do Comércio e do Turismo, José Botafogo Gonçalves.



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